Presidente Lula comenta sobre o plano golpista e agradece: “estou vivo”

Presidente Lula
Marcelo Camargo/Agência Brasil

Durante a cerimônia de divulgação do Programa de Otimização de Contratos de Concessão de Rodovias, no Palácio do Planalto, que aconteceu na manhã desta quinta-feira (21), o presidente Lula comentou e agradeceu por estar vivo, após a revelação da Polícia Federal de que existia um plano golpista em 2022 e que planejavam executá-lo. 

“Sou um cara que tem que agradecer agora muito mais porque eu estou vivo. A tentativa de envenenar eu e o [Geraldo] Alckmin não deu certo, estamos aqui”, iniciou.

Lula também comentou sobre o ex-presidente, Jair Bolsonaro, que está sendo investigado na condição de mentor das iniciativas golpistas. “Não quero envenenar ninguém, não quero nem perseguir ninguém. Quero é que, quando terminar meu mandato, a gente desmoralize com números aqueles que governaram antes de nós”, disse o Presidente. “Quero medir com números quem fez mais escolas neste país, quem cuidou mais dos pobres, quem fez mais estrada, mais ponte, mais salário-mínimo. Isso que quero medir, isso que conta no resultado da governança”, concluiu.

O que se sabe sobre o plano golpista de 2022

Na última terça-feira (19), o ministro Alexandre de Moraes, deu aval à ação da Polícia Federal que determinava a prisão preventiva de quatro militares do Exército e um agente da Polícia Federal. De acordo com o ministro, existem “fortes indícios” de que o grupo cometeu no mínimo três crimes previstos no Código Penal e na lei que pune contra a democracia. 

A operação, nomeada de Contragolpe, prendeu cinco pessoas acusadas de conspirarem e tramarem, em 2022, a prisão e o assassinato do Presidente Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin e de Alexandre de Moraes, que na época presidia o Tribunal Superior Eleitoral.

De acordo com o ministro, as investigações apontaram “a existência de gravíssimos crimes e indícios suficientes da autoria, além de demonstrarem a extrema periculosidade dos agentes, integrantes de uma organização criminosa, com objetivo de executar atos de violência, com monitoramento de alvos e planejamento de sequestro e, possivelmente, homicídios do então Presidente do TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL e Ministro do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, do Presidente eleito, LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA e do Vice-Presidente eleito, GERALDO ALCKMIN”.