Fuad Noman chama ditadura militar de “revolução” e choca a esquerda

Reprodução - Globo

O atual prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman, aliado do deputado federal Aécio Neves nesta eleição, chocou a esquerda da capital mineira ao chamar a ditadura militar de “revolução”, durante o debate eleitoral da TV Globo.

O prefeito foi surpreendido pela candidata e deputada federal Duda Salabert, que trouxa a informação de que ele serviu como militar no período mais cruel da ditadura:

“O senhor serviu no 12º Batalhão, que segundo a comissão da verdade, foi um dos espaços que aconteceu tortura. E o senhor tem um quadro do 12º Batalhão na prefeitura”, disse ela.

Foi então que Fuad chamou a ditadura de “revolução”, termo usado por quem geralmente defende o golpe militar dos militares:

“O que eu quero dizer claramente é que minha história é limpa, não tem nada. Se você for olhar toda a história da revolução você não vai ver meu nome em lugar nenhum, porque eu nunca participei de nenhum evento que pudesse ser de ditadura, de algum ataque”.

Na sua tréplica, Fuad disse que não teria relações com as torturas, o que ele colocou em dúvida:

“Então, a participação de um sargento dentro de uma corporação não tem nada a ver com o que eventualmente possa ter acontecido. E, se aconteceu, eu nunca participei”.