Zema cobra leitos prometidos por Kalil e não entregues: ‘muita falação e pouca ação’

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), respondeu o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), sobre um suposto gabinete do ódio do governo direcionado para a capital, em meio à pandemia do novo coronavírus.

A resposta foi dada na tarde desta quarta-feira (06/05), em entrevista para o programa Alterosa Agora, da TV Alterosa. “Me causa estranheza (a menção), até porque o único hospital de campanha que construímos, com 800 leitos, foi na capital. Pelo que me consta, ele (Kalil) fez vários anúncios que faria hospital de campanha, e até hoje não vi nenhum leito. Parece que está tendo muita falação e pouca ação. Prefiro quem age como eu, quem fala pouco e faz muito, que parece que não é o que está acontecendo”, disse Zema.

O hospital mencionado pelo governador está localizado no Expominas, no bairro Gameleira, Região Oeste da capital. Nele, estão disponíveis 740 leitos de enfermaria e 28 de estabilização, totalizando 768 vagas. Já o hospital de campanha que seria construído pela prefeitura de BH seria montado no Mineirão, mas não se concretizou por um desacordo.

Gabinete do ódio

A declaração de Kalil sobre o gabinete de ódio foi feita em uma entrevista coletiva realizada na última terça-feira. Ela partiu de uma dívida do governo em relação a repasses de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) e para a área da saúde.

De acordo com o prefeito de BH, o problema se tornou constante desde que Mateus Simões (Novo) deixou de ser vereador da cidade para se tornar secretário-geral de Estado, em março deste ano.

“Quanto ao problema, é recorrente, uma ameaça constante depois do secretário-geral (assumir). Foi criado no governo um gabinete de ódio contra a prefeitura, sem motivo nenhum. Ameaçaram não pagar a parcela que venceu ontem (04/05) para BH, mesmo sabendo que somos o centro da pandemia, o lugar que precisa de recursos”, afirmou Kalil.

Apesar disso, o prefeito disse que não entrará com uma ação pedindo repasses: “É uma vitória mais que certa. Mas adianta pegar dinheiro para Belo Horizonte para prejudicar o governo de Minas? Não é a intenção. Aqui não tem gabinete do ódio”.

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Publicitário, jornalista e pós-graduado em marketing, é editor do Moon BH e do Jornal Aqui de BH e Brasília. Já foi editor do Bhaz, tem passagem pela Itatiaia e parcerias com R7, Correio Braziliense e Estado de Minas.