Vereadores de BH terão de atacar Michelle Bolsonaro em CPI contra Kalil

Os vereadores de Belo Horizonte, como citado pelo Moon BH há alguns meses, estão desesperados para criarem a CPI da qualquer coisa.

Explico: ficaram muito contentes com a exposição midiática que receberam nas CPI’s da BH Trans e da Pandemia. Agora, em ano eleitoral em que muitos vão se candidatar a deputados estaduais e federais, precisam de mais uma para manter o nome em alta.

Como mostrou a Itatiaia, eles estão há 14 dias sem votar um único projeto que está esperando. Como só vão ao plenário nos primeiros 10 dias úteis do mês, agora só em abril. Se a atenção não virá pelo trabalho na Câmara, que tal uma CPI?

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Claro que coerência não é o forte, já que muitos dos vereadores eram terminantemente contra a CPI da pandemia nacional, contra Bolsonaro. Quando viram que poderiam se beneficiar na esfera municipal, mudaram de opinião.

Querem investigar se a primeira-dama de Belo Horizonte, Ana Laender, estaria se usando algo da prefeitura para distribuir livros de colorir para idosos em asilos, hortas comunitárias e etc.

Porém, se a pauta abranger um pouco do nacional, como ficarão os vereadores bolsonaristas ao terem de reconhecer que a primeira-dama Michelle Bolsonaro é a líder do programa Pátria Voluntária, que em 2021 arrecadou R$ 5,89 milhões para comprar cestas básicas mas gastou R$ 9,3 milhões com publicidade para anunciar o programa?

Esta é uma pergunta que saberemos a resposta nos próximos dias.

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Publicitário, jornalista e pós-graduado em marketing, é editor do Moon BH e do Jornal Aqui de BH e Brasília. Já foi editor do Bhaz, tem passagem pela Itatiaia e parcerias com R7, Correio Braziliense e Estado de Minas.