Sem Fuad, Nely ficaria impedida de concorrer e BH poderia eleger prefeito neste ano

Aumenta a cada dia a sensação de que o voto do belo-horizontino vale cada vez menos. Isto porque os políticos de BH encaram os cargos para o qual foram eleitos como trampolim para outros maiores.

Um exemplo: quando Fuad Noman assumiu o cargo de Kalil todos os sites precisaram publicar matéria “quem é Fuad” já que ninguém sabia. Já um levantamento da Itatiaia mostra que mais da metade da Câmara tentará outro cargo. Se todos tiverem sucesso a maioria do legislativo da capital estará na mão de desconhecidos.

Mas voltando no cargo de prefeito, agora que a cidade está sem vice, quem assume na falta de Fuad Noman?

Ninguém o sucede. Se renunciar, sofrer impeachment ou não puder continuar no cargo, novas eleições são convocadas. Isto significa que, na prática, BH poderia ter eleições para prefeito ainda neste ano caso o novo prefeito não possa assumir por qualquer motivo.

Se a indisponibilidade de Fuad acontecesse à partir do ano que vem, as eleições seriam indiretas e o novo prefeito seria escolhido entre e pelos vereadores (cujo a maioria pode ser de desconhecidos).

Substitutos temporários

Mas se Fuad precisar se ausentar por um curto período, por viagem, tratamento de saúde ou qualquer outra razão, quem assume a prefeitura interinamente é a presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte, Nely Aquino.

Na teoria. Na prática ela quer passar longe do cargo. Muito longe. Como quer ser candidata a deputada federal, ficaria impedida de concorrer se assumisse a PBH por um dia sequer.

Quer dizer que se Fuad precisar ficar fora do cargo neste ano, Nely também precisará dar um jeito de ficar indisponível.

A linha segue e o próximo seria o procurador-geral do município, mas ele ainda não foi nomeado. Com a saída de Castelar Guimarães junto de Kalil, o cargo segue vago.

O Moon BH conversou com o vereador Gabriel Azevedo para entender como fica a situação inusitada. Segundo o parlamentar, com a vacância do cargo, “vale a analogia com a constituição” e neste caso, assumiria o vice-presidente da Câmara, o vereador Henrique Braga.

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Publicitário, jornalista e pós-graduado em marketing, é editor do Moon BH e do Jornal Aqui de BH e Brasília. Já foi editor do Bhaz, tem passagem pela Itatiaia e parcerias com R7, Correio Braziliense e Estado de Minas.