A gratuidade nos ônibus aos domingos (que começou ontem, dia 14) e a expansão das linhas noturnas têm um financiador claro: a economia feita pelos vereadores de Belo Horizonte. Nesta segunda-feira (15/12), o presidente da Câmara Municipal, Professor Juliano Lopes (Pode), entregou oficialmente ao prefeito Álvaro Damião um cheque simbólico que representa a devolução de R$ 138 milhões aos cofres da cidade.
O valor é recorde e, segundo o próprio prefeito, “veio na hora certa” para bancar os novos projetos de mobilidade que prometem melhorar a vida da população, especialmente a mais carente.
De onde veio tanto dinheiro?
O montante de R$ 138 milhões é composto por duas frentes de economia do Legislativo ao longo de 2025:
- O Cheque de R$ 70 milhões: Fruto da redução de gastos nos gabinetes dos 41 vereadores (economia de água, luz, material de escritório e contratação de pessoal).
- O Custeio da Previdência (R$ 68 milhões): A Câmara assumiu o pagamento do fundo de aposentadoria de seus servidores, desonerando a Prefeitura, que antes pagava essa conta.
“Todos, no seu papel de vereador, contribuíram de alguma forma para esse recurso voltar para a prefeitura. É um gesto coletivo”, afirmou Juliano Lopes.
Dinheiro carimbado: “Catraca Livre” e “Madrugão”
O prefeito Álvaro Damião não escondeu o destino da verba. Segundo ele, essa injeção de recursos banca “praticamente todo o projeto” Catraca Livre, que institui tarifa zero aos domingos e feriados.
Além disso, o dinheiro garante a operação da rede Madrugão, que expandiu o transporte noturno:
- Total de 128 linhas rodando na madrugada (com acréscimo de 5 novas linhas).
- Aumento da frequência de viagens entre meia-noite e 4h.
- Criação da linha que conecta áreas boêmias (Savassi, Sapucaí, Mercado Novo).
Parceria Política e 13º Salário
A devolução também deu fôlego extra para o caixa da Prefeitura fechar o ano no azul. Damião destacou que o repasse ajudou a pagar o 13º salário antecipado dos servidores municipais.























