Após a repercussão negativa sobre o aumento de 91% na verba destinada ao gabinete do prefeito Álvaro Damião (União Brasil) para 2026, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) se manifestou oficialmente. Segundo o Executivo, o salto de R$ 51,6 milhões para R$ 98,7 milhões não representa aumento real de gastos, mas sim uma “reorganização administrativa”.
A explicação técnica gira em torno de uma dança das cadeiras no organograma da prefeitura: uma secretaria foi extinta e sua conta (e seus boletos) passaram para o colo do gabinete.
Para onde foi a Secretaria de Comunicação?
Em nota enviada ao mercado e à imprensa, a PBH esclarece que a variação observada na planilha orçamentária é contábil.
A chave do mistério está na extinção da Secretaria Municipal de Assuntos Institucionais e Comunicação Social.
- Em 2025: As despesas de publicidade, comunicação e articulação institucional estavam alocadas nesta pasta específica.
- Em 2026: Com a reforma administrativa aprovada na Câmara, essa secretaria deixa de existir.
Para não deixar as contas “órfãs”, a PBH transferiu todos os contratos e despesas dessa antiga pasta para dentro do Gabinete do Prefeito, onde a execução passa a ser centralizada.
Crescimento Aparente, mas não real
A Prefeitura reforça que a mudança gera um efeito visual de inchaço, mas que o dinheiro apenas trocou de gaveta.
“Em 2025, diversas despesas e contratos estavam alocados na Secretaria Municipal de Assuntos Institucionais e Comunicação Social, extinta pela reforma administrativa aprovada na Câmara Municipal. Para 2026 esses contratos e despesas foram remanejados, inclusive para o Gabinete do Prefeito, onde passam a ser executados de forma centralizada”, diz a nota oficial.
“Essa migração orçamentária resulta em um crescimento aparente do orçamento do Gabinete, embora não represente qualquer expansão de gastos da gestão municipal”, explica.























