O anúncio de R$ 1,5 milhão para a compra do primeiro mamógrafo da rede SUS municipal de Belo Horizonte é uma vitória inegável para a saúde pública da cidade. Mas, politicamente, é também uma jogada de mestre do prefeito em exercício, Juliano Lopes. Ao capitalizar a visibilidade do cargo executivo para entregar uma notícia de alto impacto social, Lopes constrói um capital político valioso no exato momento em que planeja seu retorno à presidência da Câmara Municipal.
O movimento é um exemplo clássico de como um ato administrativo pode ser, ao mesmo tempo, uma poderosa campanha de conscientização.
A Análise do Benefício Real: O Fim de uma Longa Espera
Primeiro, o fato: o anúncio é de extrema importância para a cidade. O novo equipamento, que será instalado no Hospital Metropolitano Dr. Célio de Castro, no Barreiro, tem capacidade para realizar mais de mil exames por mês. Isso ajudará a reduzir a fila de espera por uma mamografia na rede SUS-BH, que hoje é de cerca de 70 dias.
É um avanço concreto no combate ao câncer de mama e na descentralização dos serviços de saúde da capital.
O Freio de Mão da Burocracia
Apesar da importância do anúncio, é preciso ter os pés no chão. O processo ainda é longo. A verba da emenda precisa ser empenhada pelo governo federal para, só então, a prefeitura abrir a licitação para a compra do equipamento. A previsão mais realista é que o mamógrafo entre em operação apenas no segundo semestre de 2026.
Juliano Lopes marca golaço
O anúncio de Juliano Lopes é uma vitória dupla. Para Belo Horizonte, representa a esperança de um diagnóstico mais rápido e acessível contra o câncer de mama. Para o político, é a consolidação de sua imagem como um articulador eficaz, um “cartão de visitas” de luxo para sua iminente volta ao comando do legislativo municipal. É a política e a gestão andando de mãos dadas, com benefícios reais para a população.























