A deputada federal Duda Salabert (PDT-MG) se consolidou como uma das protagonistas na defesa da Serra do Curral, com uma série de representações à Polícia Federal (PF) e ao Ministério Público que culminaram na Operação Rejeito, deflagrada nesta semana.
A ação, que resultou em 22 prisões e no bloqueio de R$ 1,5 bilhão, atingiu empresários e servidores de alto escalão, incluindo um diretor da Agência Nacional de Mineração (ANM) e o ex-superintendente da PF em Minas. A investigação foi aberta a partir de denúncias formalizadas pela parlamentar.
O que revelou a Operação Rejeito
A PF e a Controladoria-Geral da União (CGU) desarticularam o que descreveram como um esquema bilionário de corrupção para fraudar licenças ambientais, permitindo a mineração ilegal em áreas tombadas da Serra do Curral. A operação cumpriu 79 mandados de busca e apreensão e afastou servidores de seus cargos. A investigação aponta que a organização criminosa corrompia agentes públicos em órgãos de fiscalização para obter autorizações fraudulentas e usurpar minério em larga escala, causando um dano ambiental e econômico gigantesco.
O papel de Duda Salabert: a pressão que funcionou
A atuação de Duda Salabert na pauta é antiga e foi fundamental para o avanço das investigações. Desde 2024, a deputada levou à PF e ao Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) uma série de denúncias sobre extração irregular na região, com registros de caminhões e o descumprimento de decisões judiciais.
Em dezembro de 2024, o MPMG abriu oficialmente uma investigação a partir de uma representação encaminhada por ela. A pressão contínua no Parlamento e junto aos órgãos de fiscalização manteve o tema em evidência e forneceu o lastro institucional para a operação da PF.
Duda Salabert denuncia há meses
A Operação Rejeito virou a chave do debate: o que era visto por alguns como uma pauta ambiental local se revelou um caso nacional de corrupção sistêmica, que atinge as cúpulas dos órgãos de fiscalização.
Nesse tabuleiro, Duda Salabert colhe os dividendos políticos de quem insistiu no tema com estratégia, usando peças formais (representações na PF e no MPMG) e a exposição pública para pressionar por resultados. Se os desdobramentos da operação confirmarem a nulidade das licenças e garantirem a reparação bilionária, a deputada tende a consolidar ainda mais seu espaço como uma das principais lideranças políticas e ambientais de Minas Gerais.























