O tabuleiro para a eleição de 2026 em Minas Gerais foi completamente redesenhado. O ex-prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, se filiou ao PDT, em um movimento que o recoloca no centro do jogo e sinaliza sua clara intenção de disputar o governo do estado. A filiação foi confirmada nesta terça-feira (2) pelo presidente nacional do partido, Carlos Lupi.
A chegada de Kalil ao mesmo partido da deputada federal Duda Salabert cria um novo e poderoso polo de poder na centro-esquerda mineira, mas também traz à tona um obstáculo jurídico que precisará ser superado.
O Obstáculo da Justiça
A grande “sombra” no projeto de Kalil é uma condenação em primeira instância por improbidade administrativa, que suspendeu seus direitos políticos por cinco anos. A filiação ao PDT é um movimento que acontece enquanto sua defesa recorre da decisão. O sucesso de sua candidatura, portanto, dependerá tanto da articulação política quanto de uma vitória nos tribunais.
Kalil e Duda no Mesmo Palanque?
A filiação de Kalil ao PDT cria um cenário fascinante. O partido agora abriga duas das figuras políticas de maior recall e apelo popular em Minas Gerais. Nos bastidores, a grande questão é como essa força dupla será organizada. As possibilidades são duas:
- A “Chapa dos Sonhos”: Uma composição com Kalil candidato ao governo e Duda Salabert ao Senado, formando uma aliança de altíssimo impacto.
- Disputa Interna: Uma prévia ou negociação interna para decidir quem será a cabeça de chapa para o governo.
Publicamente, Duda Salabert já se referiu a Kalil como um “amigo pessoal” e deixou a decisão para o partido.
Análise: Um Movimento que Agita o Cenário
A ida de Kalil para o PDT é uma jogada de mestre para ambos os lados. O partido ganha um nome de peso para liderar uma chapa majoritária no segundo maior colégio eleitoral do país. Kalil, por sua vez, ganha a estrutura de um partido nacional para construir seu palanque.
A movimentação força todos os outros grupos políticos a recalcularem suas rotas e acelera as articulações para 2026. Mesmo com o imbróglio jurídico, uma coisa é certa: com Kalil e Duda sob a mesma sigla, o PDT se torna, da noite para o dia, um dos protagonistas da próxima eleição em Minas.























