O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), gerou uma onda de revolta e foi duramente criticado por parlamentares de esquerda após usar o termo “chiqueiros humanos” para se referir à população em situação de rua. A declaração, feita durante o programa Roda Viva, foi classificada como preconceituosa e desumana, e, em vez de recuar, Zema dobrou a aposta e reafirmou sua posição.
O episódio acendeu um debate acalorado sobre políticas públicas e direitos humanos, colocando o governador no centro de mais uma polêmica de repercussão nacional.
A Fala que Gerou a Crise
Durante a entrevista, Zema criticou o que chamou de “omissão” dos direitos humanos no tratamento da questão e comparou as condições de vida da população vulnerável a “verdadeiros chiqueiros humanos”. Em tom provocativo, sugeriu que os defensores da causa “levassem essas pessoas para casa”.
A Reação Imediata da Oposição
A resposta foi imediata e contundente. A deputada estadual Bella Gonçalves (PSOL) usou as redes para criticar a fala: “Sofrível a entrevista de Zema… faltou conhecimento, propostas e sobrou preconceito. Ele se referiu ao povo como se fossem animais”, declarou. A deputada Lohanna (PV) também se manifestou, ironizando o discurso do governador.
Sem Recuo, Zema Dobra a Aposta
Após a repercussão negativa, Zema não apenas se manteve firme, como endureceu o discurso. Ele reforçou que os moradores em situação de rua seriam, em sua maioria, “dependentes químicos” que não aceitam ajuda e defendeu uma solução mais “autoritária” para o problema, culpando o governo federal pela omissão.
Análise: O Discurso do Confronto
A fala de Romeu Zema expõe uma tensão crescente entre a visão de segurança pública e a de direitos humanos. Ao usar uma analogia tão agressiva, o governador não apenas desumaniza uma população já vulnerável, mas também sinaliza uma abordagem autoritária para um problema social complexo. Para a oposição, a postura ignora o debate sobre moradia e dignidade. Para Zema, parece ser um discurso calculado de enfrentamento, que agrada sua base política, mas que pode aprofundar crises humanitárias e custar caro à sua imagem pública.























