A Prefeitura de BH demorou semanas para publicar os custos da viagem do prefeito Álvaro Damião para Israel junto do secretário Márcio Lobato, até que, neste final de semana, publicou custos de R$ 23,5 mil com os dois. Justifica que são custos com locomoção e alimentação, e que a passagem e hospedagem foi paga pelo governo estrangeiro.
A visita, que aconteceu em um momento delicado de conflito na região, tem sido alvo de críticas não apenas pelo “timing”, mas também pelos altos custos gerados aos cofres públicos.
A agenda do prefeito no país do Oriente Médio inclui a visita a um “bunker” e a busca por tecnologias de segurança.
Gastos da viagem já passam de R$ 50 mil
A justificativa oficial da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) para a viagem é a de que se trata de uma missão para conhecer tecnologias de ponta em segurança pública e gestão de cidades inteligentes.
O ponto mais notável da agenda de Damião e sua comitiva é a visita a um “bunker” de segurança.
Álvaro Damião gastou R$ 11.962,36 entre os dias 8 e 17 de junho, enquanto Márcio Lobato teve despesas de R$ 11.627,55.
Diárias foram pagas pela PBH
Como mostrou o Moon BH com exclusividade, este não foi o único custo com o passeio. Cada um recebeu cera de R$ 15 mil para arcar com despesas de viagem, como hospedagem e alimentação.
Foram pagos R$ 15.432,60 em diárias para o prefeito Álvaro Damião e outros R$ 15.432,60 para o secretário de Segurança, Márcio Lobato, totalizando R$ 30.865,20.
As diárias são verbas indenizatórias destinadas a custear despesas com hospedagem e alimentação durante a viagem. Este valor é depositado diretamente na conta do agente público.
“O prefeito Álvaro Damião e o secretário de Segurança e Prevenção, Márcio Lobato, viajaram a Israel a convite do governo israelense, que custeou a hospedagem e passagem aérea de ambos. A comitiva incluiu 18 autoridades de diversos estados brasileiros. A PBH arcou com o gasto de alimentação e deslocamentos“, diz a nota da PBH, enviada ao G1.
Ou seja, se a gestão pagou pela a verba indenizatória para os custos da viagem e pagou os custos, poderia-se presumir que os mesmos custos foram pagos duas vezes.
Viagem “sem custos” de Damião
Nas redes sociais, a viagem também foi alvo de críticas por parte da população, que questionou a prioridade do prefeito. A Prefeitura de Belo Horizonte precisou bloquear comentários nas redes sociais durante as viagens. Na descrição do post, a prefeitura afirma que os custos foram pagos pelo país que convidou a comitiva:
Com tantas versões diferentes, não se descarta que novos custos apareçam no futuro.























