O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) subiu o tom em suas críticas ao Judiciário e ao governo federal. Em uma declaração contundente, o parlamentar afirmou que, se a “tirania” que ele enxerga no país não for freada, o Brasil corre o risco de não ter eleições no futuro. A fala é mais um capítulo da tensa relação entre a oposição e os outros poderes da República.
A declaração de Nikolas Ferreira
De acordo com a reportagem do jornal Estado de Minas, a fala de Nikolas foi feita durante um discurso na tribuna da Câmara dos Deputados. O parlamentar, que é um dos principais nomes da oposição, fez um alerta pessimista sobre o futuro da democracia no país.
“Tudo está na mão do STF resolver. Vão recuar, vão fazer julgamentos imparciais, vão fazer a devida Justiça, ou vão continuar com essa lei assim? O que o Trump diz é uma perseguição, uma caça às bruxas à oposição, porque o que me parece que vai acontecer é o seguinte: se a gente não tomar uma decisão agora de frear a tirania, nós não teremos eleição”, disse o deputado por Minas Gerais.
Os alvos da crítica: STF e o governo Lula
Embora não tenha citado nominalmente em todas as frases, o discurso de Nikolas Ferreira foi claramente direcionado ao que a oposição classifica como “ativismo judicial” do Supremo Tribunal Federal (STF) e a ações do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Ele e outros parlamentares de seu grupo político acusam com frequência o STF de interferir nas atribuições do Congresso Nacional e de promover censura através de suas decisões, enquanto tecem críticas à condução política e econômica do governo federal.
O contexto da polarização política
A declaração de Nikolas se insere no contexto de alta polarização política que o Brasil atravessa. O embate entre parlamentares da oposição e os ministros do STF tem sido uma constante na política nacional, marcado por trocas de acusações.
A fala do deputado mineiro, uma das principais vozes da direita no Congresso, serve para inflamar sua base de apoiadores e para reforçar a narrativa de que as instituições democráticas estão sob ameaça, um discurso que deve se intensificar com a aproximação do ciclo eleitoral de 2026.























