Vereadores cobram centro de saúde com atraso de 10 anos: Kalil, Fuad e Damião

Foto: Rafa Aguiar - CMBH

Um caso emblemático de morosidade na execução de obras públicas será debatido nesta quarta-feira (30/4) em audiência na Câmara Municipal de Belo Horizonte. A Comissão de Administração Pública e Segurança Pública vai apurar os motivos do atraso de quase duas décadas na construção da nova sede do Centro de Saúde Nossa Senhora de Fátima, no Bairro Serra – obra aprovada pelo Orçamento Participativo em 2005/2006 com previsão de entrega para 2016.

Centro de saúde esquecido em BH

  • Aprovado em 2005 pelo Orçamento Participativo da Regional Centro-Sul
  • Orçamento inicial: R$ 3,3 milhões (valores da época)
  • Estrutura planejada: 2 pavimentos com consultórios, farmácia, sala de vacina, áreas administrativas e estacionamento
  • Situação atual: Unidade continua funcionando precariamente em casa alugada na Rua Corinto

Entre os convidados estão secretários municipais de Governo, Saúde e Obras, além do coordenador da Regional Centro-Sul e o deputado estadual Pedro Aihara (PRD).

Impacto na população
Moradores da região enfrentam diariamente as consequências da demora:

  1. Estrutura inadequada: O imóvel alugado não comporta a demanda crescente
  2. Risco sanitário: Falta de espaços adequados para procedimentos básicos
  3. Descrédito: O caso alimenta a desconfiança nos mecanismos de participação popular

A audiência, aberta ao público, ocorrerá às 13h30 no Plenário Camil Caram e será transmitida ao vivo pelos canais oficiais da Câmara. Para especialistas em gestão pública, o caso revela falhas crônicas no sistema de priorização de obras de saúde na capital mineira – enquanto projetos aprovados na mesma época, como o Centro de Saúde Santa Efigênia, já foram concluídos.

A discussão ocorre em momento crucial: a Prefeitura terá que explicar por que um projeto democraticamente aprovado pela comunidade nunca saiu do papel, e principalmente, como pretende reparar quase duas décadas de espera por um serviço de saúde digno. A pressão agora é para que o debate não se limite a explicações, mas resulte em um cronograma executivo com data certa para o início das obras.