Desde 2007 é comemorado no dia 2 de abril o Dia Mundial de Conscientização do Autismo, que busca conscientizar e trazer à tona informações sobre o diagnóstico, tratamento, inclusão e cuidados especializados. Durante todo o “Abril Azul” a campanha é trabalhada pela saúde.

O transtorno do espectro autista, TEA, foi um dos temas mais comentados nos debates eleitorais do ano passado, frente ao aumento do diagnóstico, principalmente em crianças e adolescentes e as dificuldades que seus pais enfrentam diariamente.

Pelo menos a nível estadual, o Governo de Minas parece estar empenhado quando o assunto o educação especial. Em entrevista ao Estado de Minas, o secretário de Governo de Minas Gerais, Marcelo Aro, explicou que a ideia é descentralizar os investimentos, facilitando que os cuidados cheguem a todas as partes do estado:

“Entre as principais ações, destacam-se os investimentos no Promais, que viabilizou R$ 9,3 milhões para a implantação de parques multissensoriais em todos os 31 Centros Especializados em Reabilitação do estado. A ideia é descentralizar os atendimentos de Belo Horizonte e garantir que todos tenham qualidade de vida. Já visitei várias dessas salas multissensoriais no interior, em Varginha, Ubá e Teófilo Otoni, por exemplo”.

21 mil alunos com autismo na rede estadual

Segundo Marcelo Aro, hoje em Minas Gerais, a Carteira de Identificação da Pessoa com TEA é utilizada por 45 mil pessoas e que quase metade deles são estudantes da rede estadual.

“Acreditamos que a educação transforma vidas — e que cada criança tem o direito de aprender de forma digna, respeitosa e acolhedora. Temos que lembrar que atualmente estão matriculados na rede estadual de ensino cerca de 21 mil estudantes com Transtorno do Espectro Autista (TEA)”, explica Aro.

“Recursos pedagógicos e tecnológicos adequados”

Há diferentes formas de autismo e para cada um deles, é preciso cuidar de uma forma diferente. Enquanto alguns, como o empresário bilionário Elon Musk, são dotados de uma superinteligência, outros podem sofrer algum tipo de deficiência na aprendizagem.

Para tentar atender a ambos, Marcelo Aro explicou que só no ano passado o Governo de Minas investiu “R$ 127 milhões em investimentos destinados à Educação Especial, para melhorias em salas de recursos e nos centros de referência, para garantir que estudantes com deficiência, transtorno do espectro autista e altas habilidades/superdotação tenham acesso a recursos pedagógicos e tecnológicos adequados às suas necessidades”.

Outros R$ 14 milhões foram investidos no fortalecemos os Serviços Especializados de Reabilitação em Deficiência Intelectual.

“Eu quero lembrar aos pais e mães atípicos e também às pessoas com Transtorno do Espectro Autista que eles não estão sozinhos. Sobretudo para aqueles que acabaram de descobrir o diagnóstico. Ele não é mesmo sentença, é o início de uma jornada”, explica Marcelo Aro.