Vereadores de BH querem fiscalizar obras na Rua Sapucaí

Rodrigo Clemente - PBH

A Rua Sapucaí, um dos novos polos gastronômicos e culturais de Belo Horizonte, deveria ser símbolo de revitalização. Mas a realidade é outra: moradores e frequentadores denunciam depredações e falhas nas obras de requalificação, que custaram R$ 4,6 milhões e prometiam conclusão ainda em março.

A Prefeitura garante que os trabalhos estão na reta final, mas a vereadora Fernanda Pereira Altoé (Novo) não poupa críticas: “É inaceitável que, antes mesmo da entrega, já haja relatos de degradação. Precisamos de transparência”.

A Comissão de Meio Ambiente da Câmara aprovou uma vistoria técnica para o dia 11 de abril, às 10h, a fim de avaliar a qualidade dos serviços. O debate, porém, já se estende para outras obras questionadas na cidade, como as intervenções na Avenida Cristiano Machado e no Aglomerado Morro das Pedras.

O projeto, iniciado em junho de 2023, incluía:

  • Fechamento da via para carros
  • Pavimentação unificada entre calçadas
  • Implantação de ciclovia e trechos com piso gramado
  • Construção de uma arquibancada mirante com vista para a Praça da Estação

A ideia era transformar a rua em um espaço de convivência, arte e gastronomia — algo que já começava a acontecer com o Circuito Urbano de Arte, que coloriu muros locais. Mas, segundo relatos, parte do piso já apresenta rachaduras, e áreas verdes estão descuidadas.

Rua Sapucaí

A Rua Sapucaí não é apenas uma via: é um termômetro dos desafios de Belo Horizonte. Enquanto a Prefeitura tenta requalificar áreas centrais para atrair turismo e negócios, a população cobra obras duráveis e inclusivas. A rua, que já abriga bares conceituados e eventos culturais, simboliza essa tensão entre o marketing urbano e a realidade dos moradores.