O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, comentou sobre o resultado das eleições municipais deste ano e não vê um panorama em que saiu derrotado nesta disputa por que, em sua opinião, o país mudou.
Na visão do chefe do executivo estadual, não se tem mais um clima no país em que grandes fugurões, os padrinhos políticos, não têm mais a capacidade de transferência de votos que se tinha antigamente.
Para Zema, o eleitor não tende mais a seguir a orientação de um político para escolher e dar seu voto para outro.
“Acho que é a vontade do povo que prevaleceu. Não existe nenhum patrocinador de campanha que consiga transferir votos, que consiga definir campanha”, disse em entrevista.
Citou outros casos em que grandes nomes não conseguiram transferir votos para candidatos, que terminaram derrotados na disputa de 2024: “Tivemos Brasil afora diversos casos de pessoas que foram apoiadas e que não conseguiram vencer. Encaro com naturalidade. Cada eleição é diferente”.
Relação Romeu Zema e Fuad
Depois do final do resultado, que consagrou o atual prefeito como o escolhido para guiar a cidade nos próximos quatro anos, os dois devem continuar com uma relação tranquila e respeitosa, como foi nos últimos dois anos.
Apesar de, teoricamente estarem em espectros políticos distintos, os dois mostram disposição de trabalharem juntos com os objetivos em comum. Mas o governador torce para que as promessas feitas pelo governo federal, de grandes investimentos para BH, sejam cumpridas.
“Espero que o prefeito consiga com o governo federal essas obras que já foram prometidas há muito tempo, mas nunca foram realizadas”.
Ele aproveitou para reforçar sua vontade de trabalhar em conjunto com Fuad para colocar as obras do Anel Rodoviários em execução:
“É um pesadelo quando acontece um acidente no Anel Rodoviário e a cidade fica praticamente travada. E é um pesadelo também quem atravessa o estado de leste para oeste ou de oeste para leste e precisa passar em BH e enfrentar o Anel que é sempre lento e demorado”.