TMC contrata e demite Clarissa Guimarães, da Itatiaia, em show de amadorismo

Um projeto de mídia que prometia revolucionar o mercado com “relevância” e investimento pesado, a TMC FM (ex-Transamérica), iniciou suas operações em Belo Horizonte sob a pior mancha possível: a de amadorismo e irresponsabilidade humana. O caso envolvendo a jornalista Clarissa Guimarães, da Rádio Itatiaia, expõe uma falha de gestão inaceitável.

Segundo relatos que explodiram nos bastidores da mídia mineira, a TMC teria feito uma proposta irrecusável à jornalista, que, confiando no novo projeto, pediu demissão da Itatiaia. Menos de 48 horas após sua estreia, ela teria sido informada que a contratação estava cancelada, por um impasse jurídico, deixando-a desempregada. Não é um erro; é um vexame.

TMC FM começa da pior maneira possível

A grande ironia da situação é que o suposto “impasse jurídico” seria uma cláusula de “antipoaching” (não aliciamento) ligada justamente ao rompimento de João Camargo, dono da TMC, com Rubens Menin, dono da CNN Brasil e… da Rádio Itatiaia.

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A análise é simples: a TMC foi ao mercado “atacar” a concorrência direta, tentando tirar um talento da “casa” do ex-sócio, sem sequer ter feito o dever de casa básico de checar suas próprias amarras contratuais. É um nível de falha de compliance (conformidade legal) primário. Para um grupo que se lança com a promessa de gestão profissional, é o pior cartão de visitas possível.

Pasme: João Camargo deu entrevista ao Metrópoles criticando a gestão de recursos humanos de Menin no mesmo dia em que sua empresa promovia esse papelão.

Clarissa Guimarães recebe apoio do mercado

Enquanto os executivos medem forças, o custo real da falha recai sobre a profissional. Clarissa Guimarães foi colocada em uma situação de extrema vulnerabilidade: atraída por uma promessa de crescimento, ela abre mão de um emprego estável e, por uma falha que não é sua, se vê sem nenhum dos dois.

É esse custo humano que gera a indignação nos bastidores. A TMC, ao agir com tamanha imprudência, não apenas quebrou uma expectativa, mas minou a confiança do mercado de talentos que ela tanto precisa para se firmar. Pelo menos uma dezena de profissionais do mercado enviaram críticas à coluna, o que mostra que o caso se espalhou.

O Moon BH procurou Clarissa, mas ela respondeu que, neste momento, não tem condições psicológicas de dar declarações.

Opinião: Vexame

A TMC prometeu ser a nova força da mídia brasileira. Começou, no entanto, com um tropeço que mancha sua reputação antes mesmo da estreia formal.

A falha no caso Clarissa Guimarães é um atestado de que, na ânsia de “fazer barulho”, o projeto se esqueceu do básico: o respeito profissional e a checagem jurídica. O mínimo que se espera agora é transparência, um pedido de desculpas e, acima de tudo, amparo à jornalista exposta por essa falha de gestão.