William Bonner: Globo reduzirá salário em 50% e mesmo assim é alto

A saída de William Bonner da bancada do Jornal Nacional marca o fim de uma era, mas também pode representar uma drástica mudança em seu contracheque. Nos bastidores da mídia, a conversa é uma só: ao migrar para o Globo Repórter, o âncora deve ter seu salário reduzido, e analistas de mercado projetam um corte que pode chegar a 50% de seus vencimentos atuais.

Embora a TV Globo não comente valores, a lógica por trás da especulação se sustenta em uma combinação de fatores de mercado, mudança de função e a nova política de contratos da emissora.

O Salário de um Ícone: Fato vs. Especulação

Oficialmente, ninguém sabe quanto Bonner ganha. Colunas de bastidores já estimaram seu salário em uma faixa que vai de R$ 900 mil a R$ 2,3 milhões mensais.

A variação existe porque é impossível saber o que é salário fixo, bônus por performance ou participação em publicidade. Portanto, qualquer projeção de corte parte de uma base hipotética.

Os 3 Motivos para o Corte

Apesar do sigilo, a tese de uma redução salarial é considerada plausível por três razões principais:

  1. Escopo de Trabalho Reduzido: Bonner não deixará apenas a bancada, mas também o cargo de editor-chefe do JN. A troca de uma função dupla e diária, no horário mais nobre da TV, por um programa semanal naturalmente recalibra o valor do contrato.
  2. Nova Política de Contratos: Desde a pandemia, a indústria da mídia revisou seus custos. A era dos “salários galácticos” fixos tem dado lugar a modelos com fixos menores e mais bônus por resultado.
  3. Menor Exposição Comercial: O Jornal Nacional é a vitrine publicitária mais cara do país. Ao sair desse espaço, o “valor comercial” do apresentador, em termos de exposição para a marca Globo, também é reajustado.

AO Símbolo de uma Nova Era na Mídia

O possível reajuste no salário de William Bonner é menos sobre o dinheiro e mais sobre o simbolismo. Representa o fim da era dos âncoras “onipotentes” da TV aberta e a consolidação de um modelo de negócio mais pragmático e multiplataforma.

A transição de Bonner é o maior case de estudo dessa nova realidade: o maior ícone do telejornalismo se adaptando a um novo tempo, com novas funções e, provavelmente, um novo (e ainda milionário) contracheque.