Após uma verdadeira maratona pela vida, o apresentador Fausto Silva, o Faustão, de 75 anos, recebeu alta do Hospital Albert Einstein nesta quinta-feira (28). A notícia encerra um ciclo de três meses de internação e celebra o sucesso de mais dois transplantes. A incrível jornada do comunicador, que já recebeu quatro órgãos diferentes, levanta uma questão fascinante: afinal, quantas vezes uma pessoa pode ser transplantada?
O boletim médico informa que Faustão está clinicamente bem, com bom funcionamento dos órgãos, e seguirá o tratamento em casa.
A Incrível Jornada de Faustão
A saga médica do apresentador é um testemunho da resiliência humana e do avanço da medicina. Relembre a cronologia:
- Agosto/2023: Recebe um novo coração.
- Fevereiro/2024: Passa por um transplante de rim.
- Agosto/2025: Em um intervalo de 24 horas, recebe um fígado (06/08) e um segundo rim (07/08), em um raro retransplante.
- Agosto/2025: Recebe alta hospitalar (28/08).
A Grande Pergunta: Existe um Limite para Transplantes?
A resposta, segundo a ciência, é: não existe um número máximo fixado. A decisão de realizar um retransplante é complexa e avaliada caso a caso, com base em critérios médicos rigorosos e na disponibilidade de órgãos.
- Rim: É o órgão com o maior volume de retransplantes. Estudos mostram que até um terceiro ou quarto transplante pode ser viável e benéfico.
- Fígado e Coração: Retransplantes são mais raros e de maior risco, indicados em situações muito específicas de falha do primeiro órgão.
O Desafio da “Sensibilização”
O maior obstáculo para múltiplos transplantes é um fenômeno chamado “sensibilização”. Com cada cirurgia, transfusão ou gestação, o corpo cria mais anticorpos. Isso torna cada vez mais difícil encontrar um novo órgão compatível e aumenta o risco de rejeição.
Análise: Um Símbolo de Esperança
A alta de Faustão é uma mensagem de estabilidade e esperança. Seu caso, embora raro pela complexidade e pelo número de órgãos, ilustra como a medicina moderna avalia o benefício esperado para o paciente acima de “limites” numéricos. É a prova de que, com os recursos certos e uma boa dose de sorte na fila de doações, a ciência pode, sim, proporcionar novas chances.























