O Santos decidiu bater o martelo nos bastidores e encerrar, ao menos por enquanto, qualquer conversa sobre a saída de Benjamín Rollheiser. Em meio a rumores vindos do exterior apontando uma possível negociação do meia-atacante, a diretoria alvinegra agiu rápido para blindar o elenco. O fator decisivo para a permanência tem nome e sobrenome: Juan Pablo Vojvoda.
O treinador não deu aval para a liberação e conta com o argentino como peça importante no planejamento para 2026.
A apuração que circula nos bastidores da Vila Belmiro contradiz as especulações da imprensa estrangeira. Segundo setoristas do clube, Rollheiser não pediu para sair e está focado em recuperar seu espaço.
A decisão de mantê-lo é tanto técnica quanto política: Vojvoda, tratado como o pilar central do projeto santista para a próxima temporada, quer iniciar o ano com o elenco “organizado” e vê potencial de recuperação no atleta.
A Blindagem Financeira no Santos: Por que vender é difícil
O argumento mais forte para o “não” do Santos ao mercado é o tamanho do investimento realizado. Rollheiser não foi uma aposta barata; ele foi comprado em definitivo junto ao Benfica em uma operação de 11 milhões de euros (cerca de R$ 65 milhões na cotação da época) por 85% dos direitos econômicos.

Com contrato assinado até 31 de dezembro de 2028, o Peixe está “preso” à própria aposta. Para negociar o jogador agora, após uma temporada de oscilação, o clube provavelmente teria que aceitar um prejuízo contábil significativo, algo impensável para um ano de 2026 onde o orçamento deve ser rígido e focado em reforços cirúrgicos.
Análise Moon BH: O Ano do “Agora ou Nunca”
O veto de Vojvoda envia uma mensagem dupla e perigosa. Para o mercado, o Santos tenta mostrar força, sinalizando que não vai “queimar patrimônio” de R$ 65 milhões por qualquer proposta oportunista. Para o jogador, é o recado definitivo de que 2026 será o ano do “agora ou nunca”.
Com um contrato longo e um salário compatível com o investimento, Rollheiser é um ativo que o Santos não pode se dar ao luxo de deixar desvalorizar no banco. A melhor saída esportiva e financeira é a mais difícil de executar: fazer o jogador render. Se isso acontecer, ele deixa de ser um problema de custo e vira solução de jogo. Se não, a conta voltará com juros e correção monetária na janela do meio do ano, e aí o prejuízo será inevitável.