A Vila Belmiro viveu uma noite mágica que terminou em tensão. Neymar Jr., em uma atuação de gala, marcou três gols (hat-trick) na vitória sobre o Juventude, salvando o Santos mais uma vez e levando a torcida ao delírio. Porém, a festa nas arquibancadas foi interrompida por um balde de água fria na entrevista pós-jogo.
Questionado sobre sua permanência para a temporada de 2026, o camisa 10 não garantiu o “fico”. Pelo contrário: com um discurso evasivo, ele abriu a possibilidade real de que a partida deste domingo (7), na última rodada do Brasileirão, seja sua despedida oficial com a camisa do Peixe nesta passagem.
Último jogo de Neymar no Santos? “Não sei”
A declaração de Neymar foi calculada. Ele exaltou o amor pelo clube e a honra de vestir a camisa, mas evitou qualquer promessa. “Não sei, sinceramente (se fico). Primeiro, quero terminar a temporada, o Campeonato Brasileiro, e depois, sim, pensar. Minha vontade é sempre o Santos em primeiro lugar”, disse o craque. Para o bom entendedor, o silêncio sobre a renovação grita alto.
- O Contrato: Seu vínculo atual termina no fim de 2025 (após a renovação curta de meio de ano).
- O Mercado: Clubes da MLS, Arábia e até da Europa monitoram a situação física do jogador, visando 2026.
Domingo: O Clima de “Last Dance” na Vila

Com a declaração, o jogo de domingo (7) ganhou um peso simbólico gigantesco. A torcida santista deve lotar a Vila Belmiro não apenas para ver o time, mas para, possivelmente, ver Neymar pela última vez em um jogo oficial antes da Copa do Mundo de 2026.
O clima será de catarse: cada toque na bola, cada drible e cada cobrança de falta serão assistidos como se fossem os últimos. Se ele ficar, será a glória. Se sair, o hat-trick contra o Juventude e o jogo de domingo serão o encerramento digno que ele não teve na primeira saída em 2013.
Análise: Sair por Cima ou Ficar para a História?
Neymar vive um dilema. Ficar no Santos em 2026 significa liderar o clube em um ano de reconstrução total, mas com menor visibilidade global. Sair significa buscar uma liga mais competitiva (ou mais rica) para chegar voando no Mundial.
O hat-trick mostrou que, tecnicamente, ele sobra no Brasil. A dúvida é se o corpo e a mente querem continuar na “guerra” do futebol sul-americano. Domingo, a Vila Belmiro pode ser palco de um “até logo” ou de um “adeus” definitivo.