O zagueiro Zé Ivaldo, que chegou a treinar separado e ter sua devolução cogitada durante a temporada, viveu uma reviravolta completa e está a apenas dois jogos de se tornar jogador do Santos em definitivo. A diretoria do Peixe, liderada por Alexandre Mattos e respaldada pela confiança do técnico Juan Pablo Vojvoda, já prepara o terreno para exercer a compra obrigatória do defensor, que pertence ao Cruzeiro.
A operação, que deve ser selada nas próximas rodadas do Brasileirão, representará um alívio financeiro para a Raposa e a manutenção de um titular importante para o time paulista.
A Matemática da Compra no Santos: Faltam 2 Jogos
O contrato de empréstimo possui um gatilho claro: se Zé Ivaldo atuar em 60% dos jogos da temporada (com no mínimo 45 minutos em campo), o Santos é obrigado a comprá-lo. Com 31 partidas disputadas, o zagueiro está a apenas dois jogos de ativar essa cláusula.
O valor estipulado é de US$ 1 milhão (cerca de R$ 5,5 milhões na cotação atual) por uma fatia majoritária dos direitos econômicos (entre 70% e 80%). O Cruzeiro ainda manterá um percentual para lucrar em uma futura revenda.
O “Dedo” de Vojvoda e a Visão de Mercado de Mattos

A permanência de Zé Ivaldo é mérito da recuperação esportiva promovida por Vojvoda. O treinador argentino reintegrou o zagueiro, apostando na sua agressividade e força física para estancar a sangria defensiva do time. A aposta deu certo: Zé Ivaldo foi titular nas vitórias cruciais recentes, incluindo o triunfo sobre o Palmeiras que tirou o time do Z-4.
Para Alexandre Mattos, o negócio é uma “oportunidade de mercado”. O executivo paga R$ 5,5 milhões por um jogador cujo valor de mercado no Transfermarkt é estimado em € 3 milhões (R$ 18 milhões). Ou seja, o Santos adquire um ativo titular por um terço do seu valor teórico, com potencial de revenda futura.
Análise: Um Negócio “Win-Win” ao Cruzeiro e Santos
A operação se desenha como positiva para todos. O Cruzeiro recebe uma quantia relevante por um jogador que não estava nos planos e ainda segura uma porcentagem futura. O Santos garante a continuidade de um pilar defensivo por um preço acessível e evita ter que ir ao mercado buscar uma reposição incerta para 2026.
Se Zé Ivaldo entrar em campo contra o Mirassol e o Internacional (próximos jogos), a cláusula será ativada automaticamente. O que parecia um problema de gestão no meio do ano se transformou, graças ao campo, em uma solução financeira e esportiva para os dois gigantes.