A data de retorno de Neymar aos gramados virou um ponto de interrogação na Vila Belmiro. Enquanto o estafe pessoal do jogador trabalha com um cronograma otimista para uma volta em novembro, o departamento médico do Santos adota uma postura mais conservadora e evita cravar um prazo. A
informação, divulgada nesta quarta-feira (8), indica uma dissonância sobre a recuperação da lesão muscular de grau 2 na coxa direita do craque.
A Visão do Staff x A Cautela do Clube
De um lado, a equipe particular de Neymar entende que a recuperação do camisa 10 evolui dentro do esperado. O plano, segundo eles, é que o jogador conclua a fisioterapia e inicie a transição para o campo no fim de outubro, mirando a reestreia em novembro, a tempo de disputar a reta final do Brasileirão.
Do outro lado, o Santos prega cautela. Apesar de satisfeito com a evolução do atleta, o clube prefere não estabelecer uma data e aguardar as respostas do jogador nas fases finais da recuperação, quando as cargas de trabalho aumentam.
Por Que a Cautela do Santos Faz Sentido?
A postura do clube tem uma forte base médica. Lesões no músculo reto femoral, como a de Neymar, têm um histórico de reincidência, especialmente quando o retorno é apressado. O próprio jogador já teve outros problemas musculares desde que voltou ao Brasil, o que justifica a gestão de risco por parte do departamento médico do Peixe.
A lógica é simples: o benefício de acelerar o retorno em algumas semanas pode ser muito menor que o prejuízo de perder o atleta novamente em uma recaída.
Gestão de Risco x Otimismo
A divergência de prazos é comum no futebol de alto rendimento. O staff do atleta, focado no indivíduo, trabalha para a recuperação mais rápida e eficiente possível. O clube, por sua vez, precisa equilibrar esse desejo com o risco coletivo e a responsabilidade de garantir que seu principal ativo esteja 100% apto, sem brechas para novos problemas.
A postura do Santos não significa um retrocesso no tratamento, mas sim uma abordagem profissional de gestão de risco.