Em uma declaração de enorme repercussão, o técnico Pep Guardiola, do Manchester City, não hesitou ao eleger Neymar como o jogador com quem ele mais gostaria de ter trabalhado em sua vitoriosa carreira.
A fala do treinador mais influente da era moderna, dada em uma entrevista à TNT Sports nesta terça-feira (16), reacendeu a admiração mútua entre os dois, que se enfrentaram em duelos históricos, e reposicionou o Santos, clube formador do craque, no centro do debate sobre a revelação de talentos geracionais.
A admiração que atravessa uma década
A relação de admiração de Guardiola por Neymar é antiga e foi forjada em confrontos diretos. O primeiro e mais simbólico foi a final do Mundial de Clubes de 2011, em Yokohama, quando o Barcelona de Pep e Messi superou o Santos de Neymar por 4 a 0.
Anos depois, já com Neymar no Barcelona e Pep no Bayern de Munique, eles se reencontraram na semifinal da Champions de 2015, com o brasileiro levando a melhor. O último duelo foi em 2021, com o City de Guardiola eliminando o PSG de Neymar. O treinador, no entanto, sempre fez questão de exaltar o talento do brasileiro.
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O flerte que quase juntou os dois na Alemanha
A parceria quase aconteceu. O próprio Neymar já revelou no passado que, antes de assinar com o Barcelona, recebeu uma investida direta de Guardiola para levá-lo ao Bayern de Munique, com direito a uma visita do técnico de madrugada e a promessa de “te fazer o melhor do mundo”. O “casamento” não aconteceu, mas o flerte ajuda a explicar o elogio de hoje e a admiração do espanhol pelo futebol do camisa 10.
Neymar ainda tem prestígio
A fala de Pep é munição de prestígio para o Santos. Quando o técnico mais vitorioso da atualidade elege Neymar como seu “parceiro dos sonhos”, ele está, indiretamente, validando a “escola” que o formou e o projeto que o revelou para o mundo.
Para o futebol brasileiro, a lembrança serve como um antídoto em tempos de resultadismo: talentos geracionais, como o que o Peixe produziu em 2010-11, não nascem de atalhos, mas de ambiente, tempo e coragem. A admiração de Guardiola não é apenas por um jogador, mas pelo ecossistema que permitiu que ele florescesse.