Em meio à sua pior crise nos últimos anos, o Santos tomou uma medida drástica que só aumenta a tensão na Vila Belmiro: impôs uma “lei do silêncio” e proibiu qualquer funcionário de dar informações sobre a situação de seu principal jogador, Neymar. A “mordaça” transforma a recuperação do craque em um segredo de estado e aprofunda o mistério em um clube à deriva.
A decisão foi tomada para, segundo a diretoria, evitar especulações sobre o edema na coxa do camisa 10. No entanto, a falta de transparência tem gerado o efeito contrário.
‘Não Estamos Autorizados a Falar‘
A ordem na Vila Belmiro é clara e restrita. Funcionários do clube, quando questionados sobre o jogador, têm uma resposta padrão, quase protocolar.
“Ninguém sabe o que está acontecendo com Neymar. Todo mundo dentro do Santos está proibido de falar sobre ele… ‘me desculpe, não estamos autorizados a falar.’”, diz Fábio Sormani.
A frase, apurada nos bastidores, ilustra o tamanho do bloqueio de informação.
Pano de Fundo: Humilhação, Demissão e Zona de Rebaixamento
A “lei do silêncio” sobre Neymar não acontece em um vácuo, mas sim no epicentro de uma tempestade perfeita. O clube ainda vive a ressaca da humilhante goleada de 6 a 0 para o Vasco, resultado que culminou na demissão do técnico Cleber Xavier e afundou o time na zona de rebaixamento do Brasileirão.
O Risco do Silêncio
A decisão do Santos revela o dilema entre proteger um ativo e alimentar a desconfiança. Embora o controle da comunicação em casos sensíveis seja legítimo, o silêncio absoluto em um momento de crise pode ser um tiro no pé.
A medida, em vez de acalmar, gera mais especulação e cria um abismo entre o clube e sua torcida, que busca desesperadamente por informações e liderança. O teste para a diretoria santista será equilibrar a privacidade médica com a transparência institucional, antes que o mistério sobre Neymar se transforme em mais um elemento de caos em uma temporada já trágica.