A “novela Sampaoli” no Santos ganhou um capítulo que beira a loucura. O técnico argentino, favorito para assumir o clube, impôs uma condição audaciosa e quase impossível para fechar o acordo: a contratação de Endrick, estrela do Real Madrid e um dos maiores ídolos da história recente do arquirrival Palmeiras. A informação foi revelada pelo jornalista Ricardinho Martins.
A exigência, classificada como “um dos vários pedidos” de Sampaoli, caiu como uma bomba nos bastidores da Vila Belmiro e transforma uma negociação que parecia caminhar bem em uma verdadeira missão impossível para a diretoria santista.
Um Sonho Impossível? Os Obstáculos da Negociação
O pedido de Sampaoli esbarra em uma muralha de dificuldades práticas, financeiras e, principalmente, de rivalidade:
O Vínculo com o Real Madrid: Endrick acabou de chegar ao maior clube do mundo e é tratado como uma das principais joias do projeto “galáctico”. Uma liberação, mesmo por empréstimo, é considerada impensável.
A Identificação com o Palmeiras: A imagem de Endrick está intrinsecamente ligada ao Palmeiras, seu clube formador e maior rival do Santos. A simples ideia de vê-lo com a camisa do Peixe já seria um terremoto no futebol paulista.
A Condição Física: O atacante ainda se recupera de uma lesão muscular e não tem previsão de retorno imediato aos gramados, o que adiciona mais um fator de risco.
O Custo da Operação: Mesmo que um empréstimo fosse milagrosamente possível, os custos de salário e taxas seriam astronômicos para a delicada realidade financeira do Santos.
O Jogo de Pressão de Sampaoli
A exigência surreal por Endrick revela a ambição e a autoconfiança de Jorge Sampaoli. Pode ser interpretada de duas formas: ou como um pedido literal, mostrando uma certa desconexão com a realidade do clube, ou, mais provavelmente, como uma jogada de pressão.
Ao colocar um alvo “impossível” na mesa, Sampaoli manda um recado claro à diretoria: para tê-lo no comando, o Santos precisará garantir um investimento pesado e trazer reforços de impacto, mesmo que não seja o próprio Endrick. É o técnico ditando as regras do jogo antes mesmo de assinar o contrato, em uma demonstração de força que testa os limites da diretoria alvinegra.
De certa forma, foi o jeito mais educado de dizer “não”.