Na ressaca da demissão de Cléber Xavier e da humilhante goleada de 6 a 0, a diretoria do Santos já tem um “sonho de consumo” para tirar o clube da crise: o técnico argentino Jorge Sampaoli. O nome do ex-comandante é o favorito para um retorno à Vila Belmiro, mas a operação esbarra em um obstáculo gigantesco: um custo que pode chegar a R$ 2,2 milhões por mês.
Após o vexame histórico, o diretor Alexandre Mattos admitiu a urgência de mudanças, afirmando que é preciso “remar muito para tirar o Santos do fundo do poço”. A busca por um nome de impacto como Sampaoli é a primeira grande resposta da diretoria a essa crise.
O Preço de um Salvador
Trazer Sampaoli de volta, no entanto, não será fácil nem barato. O treinador argentino é conhecido por suas exigências altas. Segundo apurações, o “pacote Sampaoli” incluiria:
- Um salário milionário para ele e sua ampla comissão técnica.
- Um contrato de longo prazo para estabilidade do projeto.
- Garantia de investimento em reforços pontuais.
Fontes do mercado apontam que apenas os custos com a comissão técnica poderiam ultrapassar a marca de R$ 1 milhão mensais.
A Lembrança de um Futebol Ofensivo
O desejo pelo retorno de Sampaoli se ancora na memória de 2019. Naquela temporada, o técnico comandou o Santos em uma campanha marcante no Brasileirão, com um futebol ofensivo e vistoso que encantou a torcida e resultou em 35 vitórias em 63 jogos.
A esperança da diretoria é resgatar esse espírito para reerguer o time.
Entre o Apelo e a Realidade Financeira
O apelo técnico e simbólico de Sampaoli é inegável. Ele conhece o clube e tem a “grife” necessária para acalmar uma torcida ferida. No entanto, os custos elevados representam um risco enorme para um clube em situação financeira delicada.
A diretoria do Santos agora vive um dilema: fazer um investimento audacioso e de alto risco para buscar uma solução de impacto imediato, ou optar por um caminho mais seguro e econômico? A decisão definirá não apenas o futuro do banco de reservas, mas também a filosofia de gestão do clube para os próximos anos.