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Palmeiras pega Matheus Pereira? Brecha de janeiro e entrave do Al-Hilal ameaçam Cruzeiro

A virada de ano trouxe para a mesa da diretoria do Cruzeiro uma urgência que vai além das contratações: a manutenção de sua principal estrela. Matheus Pereira entra nos últimos seis meses de contrato e, pela regra da FIFA, janeiro marca o início do período em que ele pode assinar um pré-contrato com qualquer equipe para sair de graça no meio de 2026. É exatamente essa “janela de oportunidade” que o Palmeiras monitora, enquanto a Raposa corre para blindar o camisa 10.

Embora o Cruzeiro afirme ter a renovação bem encaminhada, existe um entrave técnico-jurídico que impede o anúncio imediato: uma “cláusula compensatória” envolvendo o Al-Hilal, ex-clube do jogador, que precisa ser equacionada no novo acordo. Enquanto essa pendência burocrática não é resolvida, o risco de uma investida rival permanece vivo.

A Matemática do Palmeiras: Luvas no Lugar da Multa

A estratégia do time paulista é puramente financeira e de calendário. Em janelas anteriores, o Cruzeiro exigiu a multa de € 25 milhões (R$ 150 milhões) para liberar o meia. Agora, se o jogador ficar livre para assinar pré-contrato, o Palmeiras não precisa pagar essa taxa ao clube mineiro.

  • A Jogada: O dinheiro que seria gasto na compra dos direitos econômicos pode ser convertido em um pacote salarial agressivo e luvas diluídas para o atleta.
  • O Cenário: O Verdão adota a postura de “espera”: se janeiro passar sem a assinatura da renovação em BH, a oferta chega à mesa do jogador com valores inflacionados pela economia na transferência.

O Escudo do Cruzeiro: Tite e Projeto Longo

Foto: Gustavo Aleixo – Cruzeiro

Do lado mineiro, a confiança reside no projeto esportivo e no poder financeiro de Pedro Lourenço. A chegada do técnico Tite para 2026 é tratada como um trunfo decisivo. O treinador vê a permanência de Matheus Pereira como pilar do time, e a diretoria celeste acena com um contrato longo, de três a cinco anos, para garantir que o meia seja o rosto da equipe na busca por grandes títulos.

Análise Moon BH: O Perigo Mora na Burocracia

A situação de Matheus Pereira é um clássico “jogo de paciência”. O Palmeiras hoje tem cerca de 30% de chance, mas essa porcentagem é volátil. Ela depende exclusivamente da agilidade jurídica do Cruzeiro. Se a Raposa resolver a pendência com o Al-Hilal e assinar na primeira semana de janeiro, o assunto morre e o Palmeiras recua.

Porém, se a burocracia arrastar a novela para o fim de janeiro, a “brecha” vira um abismo. Sem a caneta no papel, a insegurança jurídica é o combustível que o Palmeiras precisa para seduzir o staff do atleta com estabilidade e um caminhão de dinheiro. Hoje, a briga do Cruzeiro não é com o Palmeiras, é com o relógio e com os advogados do Al-Hilal.

Esportes Redação
Esportes Redação
Jornalista esportivos que trabalham há mais de 15 anos na cobertura diária dos principais clubes brasileiros, com foco em Atlético, Cruzeiro, Flamengo, Palmeiras, Corinthians e Botafogo.