O Palmeiras ficou a um passo de anunciar a contratação de Marlon Freitas, capitão do Botafogo, em uma operação de impacto avaliada em US$ 6 milhões (cerca de R$ 33,2 milhões). O acordo entre os clubes avançou rapidamente, mas o desfecho travou nos últimos dias por um detalhe financeiro “fora das quatro linhas”: o volante detinha 10% dos seus próprios direitos econômicos, e a forma de pagamento dessa fatia tornou-se o ponto de discórdia.
Nas últimas horas, porém, a tendência passou a ser de conclusão positiva. Segundo o portal ge, o jogador topou abrir mão desse percentual para destravar a transferência, permitindo que o Botafogo receba o valor integral da negociação e liberando o caminho para a assinatura com o Verdão.
O Nó dos 10%: O Que Estava em Jogo no Botafogo
A matemática do impasse era simples, mas custosa. Os direitos econômicos estavam divididos em 90% para o Botafogo e 10% para o atleta. Com a oferta do Palmeiras fixada em US$ 6 milhões, a parte pertencente a Marlon equivaleria a US$ 600 mil (aproximadamente R$ 3,3 milhões).
O ge detalha que, inicialmente, o jogador havia sinalizado que poderia facilitar o negócio, mas exigências de última hora sobre esse pagamento travaram o “ok” definitivo. Diante da firmeza do Palmeiras em não aumentar o valor total e do Botafogo em não ceder sua parte, Marlon optou pelo pragmatismo e renunciou à quantia para garantir a mudança de ares.
A Pressa do Palmeiras: A Sombra de Aníbal Moreno

A aceleração do negócio tem uma motivação tática clara. O Palmeiras precisava de uma resposta rápida no mercado após encaminhar a venda de Aníbal Moreno para o River Plate. A comissão técnica de Abel Ferreira buscou um “volante pronto”, capaz de entregar intensidade, liderança e proteção à defesa sem precisar de tempo de adaptação.
Marlon Freitas encaixa-se exatamente nesse perfil: capitão, adaptado à Série A e com leitura de jogo para sustentar a pressão no meio-campo, características vitais para o modelo de jogo alviverde.
Por que o Botafogo Aceitou Vender?
Do lado alvinegro, a venda segue uma lógica contratual e financeira. Marlon Freitas tem vínculo até dezembro de 2026. Se entrasse no próximo ano sem renovar, o volante poderia assinar um pré-contrato com qualquer equipe a partir de julho, saindo de graça ao fim da temporada.
Ao negociá-lo agora por R$ 33,2 milhões, o Botafogo garante um retorno financeiro robusto por um atleta de 29 anos, evitando o risco de perder um ativo valioso a custo zero, mesmo sabendo do peso político de vender seu capitão para um rival direto.