O Palmeiras iniciou a reformulação de sua defesa para 2026 e o nome de Micael aparece no topo da lista de negociáveis. O clube monitora o mercado e aguarda a formalização de propostas pelo zagueiro, que recebeu sondagens fortes para retornar à MLS (Liga dos Estados Unidos).
Segundo informações de bastidor atribuídas a Diego Firmino, clubes brasileiros também demonstraram interesse em um possível empréstimo. No entanto, a avaliação interna na Academia de Futebol, corroborada pelo ge, é de que o defensor não deve permanecer para a próxima temporada e que a prioridade é uma negociação com o exterior, visando recuperar o alto investimento feito no início de 2025.
O “Piso” da Negociação no Palmeiras: O Investimento de R$ 35 Milhões
O grande entrave para uma saída rápida é o custo financeiro da operação que trouxe Micael ao Brasil. O zagueiro chegou do Houston Dynamo com contrato até o fim de 2029, e o Palmeiras desembolsou valores relevantes:
- O Custo: O ge aponta um investimento na casa de R$ 35 milhões. Já a ESPN cita que o clube pagou US$ 5 milhões por 80% dos direitos.
- A Estratégia: Para evitar o registro de prejuízo (“queima de patrimônio”), a diretoria alviverde busca um modelo de negócio — provavelmente empréstimo com opção de compra obrigatória ou valor fixado — que permita reaver grande parte desse montante.
Isso explica por que o Palmeiras descarta, a princípio, empréstimos simples para rivais brasileiros, que dificilmente teriam capacidade de pagar a taxa de transferência desejada no futuro.
Por que a MLS é o Destino Mais Provável?

O contexto favorece um retorno aos Estados Unidos. Micael é um nome consolidado no mercado norte-americano, onde atuou por três temporadas com destaque no Houston Dynamo.
- Risco Baixo: Para os clubes da MLS, ele é um atleta “testado”, adaptado à liga e ao estilo de jogo, o que reduz o risco da contratação.
- Vitrine: O zagueiro já possui histórico no país desde a época em que pertencia à base do Atlético-MG.
Enquanto no Brasil os clubes tentam a barganha clássica de “recuperar o jogador em baixa”, a MLS tem o capital e o conhecimento técnico para fazer uma proposta que se aproxime das exigências financeiras do Verdão.
Análise Moon BH: Gestão de Ativo
A história de Micael é o típico enredo de gestão de riscos. O Palmeiras comprou um zagueiro em alta na MLS, deu minutos, viu a curva de desempenho descer e agora busca uma saída honrosa.
Não se trata apenas de “dispensar” um jogador, mas de proteger o caixa. Do outro lado do balcão, a MLS e os clubes brasileiros tentam aproveitar a baixa para levar o atleta barato. O desfecho tende a depender menos do futebol e mais da planilha: o Palmeiras vai priorizar quem aceitar uma opção de compra realista. Se a MLS colocar dinheiro na mesa (ou garantir a compra futura), Micael volta para os EUA. O mercado brasileiro só terá chance se o Verdão aceitar subsidiar a operação para “se livrar” do problema, o que não parece ser o plano A de Leila Pereira.