O mercado da bola protagonizou uma reviravolta nas últimas horas envolvendo uma das promessas do futebol goiano. O Palmeiras encerrou oficialmente as conversas para a contratação de Yuri Alves, atacante de 19 anos do Atlético-GO. A saída do Verdão do negócio abriu caminho imediato para o Botafogo, que agiu rápido e já negocia uma proposta nos mesmos moldes para levar o jogador ao Rio de Janeiro.
O modelo discutido é atraente para os cofres: trata-se de um empréstimo “sem custos” iniciais, com opção de compra fixada ao final do vínculo. O Glorioso se movimentou nas últimas horas para convencer o atleta e o Dragão, tentando aproveitar a brecha deixada pelo rival paulista.
Por que o Palmeiras saiu da mesa?
O Palmeiras tinha tratativas avançadas, mas decidiu recuar nesta segunda-feira (22). O plano do clube paulista era integrar Yuri inicialmente ao elenco sub-20, com um projeto de transição gradual para o profissional — um modelo semelhante ao utilizado com outras apostas, como Richard Ríos ou jovens captados na base.
No entanto, a falta de acordo em pontos-chave da negociação (como tempo de contrato, gatilhos para a compra ou a divisão de custos) fez o Verdão encerrar a operação. Na leitura de bastidor, quando o Palmeiras sente que o modelo de negócio foge do seu controle ou exige concessões que não valem a aposta, a diretoria prefere retirar o time de campo antes de transformar uma contratação de base em desgaste público.
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Com o caminho livre, o Botafogo igualou a oferta de empréstimo com opção de compra. O contexto no Rio é diferente: o clube vive um momento de transição técnica — com a iminente chegada de Martín Anselmi — e busca ajustar o elenco com peças que possam compor o grupo principal a baixo custo.
Diferente do projeto sub-20 do Palmeiras, o Botafogo pode oferecer uma rota mais curta para o time profissional, vendendo a narrativa de que o jovem chega com vitrine imediata para competir por espaço em um ano de reformulação.
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Para o Palmeiras, Yuri parecia um reforço típico de “inteligência de mercado”: risco zero, custo inicial baixo e chance de virar ativo futuro. Se o clube recuou, é porque entendeu que o negócio deixou de ser uma “oportunidade” e passou a exigir mais do que o departamento de futebol estava disposto a pagar por uma aposta.
Para o Botafogo, é a jogada clássica de SAF: aproveitar a oportunidade de mercado para trazer um jovem com potencial de revenda, sem comprometer o fluxo de caixa imediato. A disputa aqui não foi apenas pelo jogador, mas por modelo de desenvolvimento: o Palmeiras oferecia processo e paciência na base; o Botafogo oferece um atalho e a vitrine do profissional. Se o garoto tiver personalidade, a escolha pelo Rio pode acelerar sua carreira.