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Palmeiras: Chelsea briga com United por Vitor Roque e Verdão define “custo Barcelona”

O nome de Vitor Roque, astro do Palmeiras, voltou a circular com força nos corredores da Premier League visando a janela de 2026. Na Inglaterra, a especulação ganhou contornos de disputa direta: o Chelsea entrou na jogada para rivalizar com o Manchester United, com veículos internacionais sugerindo até a possibilidade de um “chapéu” dos Blues sobre os Red Devils.

Do lado do Palmeiras, porém, o cenário é tratado com menos dramaticidade e mais matemática. O empresário do atleta, André Cury, confirmou ao ge que existe uma “chuva” de consultas e que a expectativa é que chegue uma oferta na casa dos € 50 milhões (cerca de R$ 308 milhões). Contudo, a diretoria alviverde, liderada por Leila Pereira, já avisou: não há pressa e o “Tigrinho” não está à venda neste momento.

A Guerra Inglesa pelo astro do Palmeiras: Chelsea x United

A narrativa do “chapéu” ganhou força após publicações indicarem que o Chelsea estaria disposto a avançar com mais agressividade, buscando contato direto com a presidência do Palmeiras para entender as condições de venda.

Enquanto isso, o Manchester United segue monitorando o atacante como uma opção para renovar seu setor ofensivo em 2026. Curiosamente, em entrevista recente, André Cury chegou a descartar o United entre os clubes que o procuraram diretamente naquele momento, o que sugere que o interesse de Manchester, por ora, ainda está no campo da observação, enquanto o Chelsea pode estar se movendo nos bastidores.

O “Custo Barcelona”: A Matemática da Venda

Para o Palmeiras, vender Vitor Roque por € 50 milhões não significa colocar € 50 milhões no cofre. Existe um “pedágio” contratual pesado a ser pago ao Barcelona, antigo clube do jogador.

Foto: Flickr Palmeiras

O acordo de compra de Vitor Roque (adquirido por € 25,5 milhões) prevê o repasse de uma porcentagem da mais-valia ao Barça, escalonada conforme o valor da venda:

  • Até € 34,9 milhões: Repasse de 10%.
  • De € 35 milhões a € 40,9 milhões: Repasse de 15%.
  • A partir de € 41 milhões: Repasse de 20%.

Ou seja: numa eventual venda de € 50 milhões, o negócio entra automaticamente na faixa de 20%. O Barcelona teria direito a € 10 milhões (R$ 61 milhões), reduzindo o lucro líquido do Palmeiras e forçando o Verdão a exigir um valor final ainda mais alto para que a operação compense esportivamente.

Análise Moon BH: A Pressa é do Comprador

No fim, a história não é apenas sobre “quem vai levar” entre Chelsea e United. A história é: quem banca o preço de um camisa 9 jovem, com contrato longo, valorizado e com um “sócio oculto” (Barcelona) na divisão do bolo?

O “custo Barcelona” funciona, na prática, como uma barreira de proteção para o Palmeiras. Para que a venda valha a pena depois de descontar os 20% dos catalães, a oferta da Premier League precisa ser obscena. Se os ingleses colocarem € 50 milhões na mesa, o Palmeiras ganha poder para escolher o timing. Leila Pereira pode vender como recorde ou segurar como símbolo de ambição. A diferença entre uma opção e outra, em 2026, será medida em títulos (se ficar) ou em caixa líquido (se sair). E é exatamente por isso que o Verdão endurece: com Vitor Roque, a pressa é toda do comprador.

Esportes Redação
Esportes Redação
Jornalista esportivos que trabalham há mais de 15 anos na cobertura diária dos principais clubes brasileiros, com foco em Atlético, Cruzeiro, Flamengo, Palmeiras, Corinthians e Botafogo.