O ciclo de Aníbal Moreno no Palmeiras chegou ao fim. O clube paulista alcançou um acordo verbal definitivo com o River Plate para a venda do volante argentino. A operação foi fechada por US$ 7 milhões (entre R$ 38,6 milhões e R$ 39 milhões na cotação atual), valor que atende à exigência mínima da diretoria alviverde. A negociação está encaminhada e, neste momento, as partes aguardam apenas a troca de documentação e exames médicos para o anúncio oficial.
A saída de Aníbal marca uma movimentação estratégica do Palmeiras para 2026. Embora o jogador tenha sido útil, a oportunidade de recuperar integralmente o investimento feito e liberar espaço no meio-campo para novos perfis foi vista como o cenário ideal pela gestão de Leila Pereira e Anderson Barros.
O “Jogo Duro” do Palmeiras: Empréstimo Não, Venda Sim
O ponto-chave para destravar o negócio foi a postura firme do Palmeiras. Inicialmente, o River Plate tentou um modelo de empréstimo com opção de compra, buscando minimizar riscos. O Verdão, no entanto, bateu o pé: recusou qualquer possibilidade de cessão temporária e avisou que só abriria conversas por uma venda em definitivo.

Diante da negativa e do desejo expresso do técnico Marcelo Gallardo em contar com o atleta, os argentinos cederam. O River aceitou pagar os US$ 7 milhões exigidos por 100% dos direitos econômicos, encerrando a queda de braço. O valor chega a ser menor do que sua avaliação no Transfermarkt, de 11 milhões de euros, mas pelo menos recupera o investimento.
A Lógica Financeira: Recuperação de Ativo
Para o torcedor que olha os números, a venda pode não parecer um lucro extraordinário, mas segue uma lógica contábil precisa. O valor de US$ 7 milhões é exatamente o mesmo montante que o Palmeiras pagou ao Racing para contratar Aníbal entre o fim de 2023 e o início de 2024.
Na prática, trata-se de um “giro de patrimônio”:
- Recuperação: O clube recupera o dinheiro investido.
- Ajuste: Abre-se margem na folha salarial e no elenco para buscar peças que se adaptem melhor ao que Abel Ferreira projeta para 2026.
- Gestão: Evita-se a desvalorização de um ativo que terminou a temporada em baixa.