O Palmeiras inicia o planejamento de 2026 com um cenário raríssimo no futebol sul-americano: um “estoque” de atacantes jovens, com contratos longos e valor de mercado internacional que, somados, podem ultrapassar a barreira dos R$ 800 milhões. A diretoria alviverde, ciente do potencial de seus ativos, adotou uma postura agressiva no mercado.
O caso mais emblemático é o de José Manuel “Flaco” López. Vivendo fase iluminada e com renovação assinada até 2029, o argentino teve seu preço fixado em € 40 milhões (cerca de R$ 253 milhões). O recado para a Europa é claro: propostas abaixo disso sequer serão ouvidas.
Mas Flaco é apenas a ponta do iceberg. O “pacote ofensivo” do Verdão inclui a maior contratação da história do clube, Vitor Roque, além de nomes valorizados como Facundo Torres, Ramón Sosa e a joia da base Luighi. Diferente de anos anteriores, o Palmeiras não entra na janela precisando vender para fechar o caixa. A estratégia agora é de “venda no topo”: negociar apenas pelo valor da multa ou por cifras que mudem o patamar financeiro da instituição.
Raio-X: O Arsenal Bilionário do Palmeiras
Para entender o tamanho da “mina de ouro”, veja os valores e contratos dos principais ativos (Câmbio ref. € 1 = R$ 6,3365):
- Flaco López: “O Intocável”. Palmeiras só abre conversa por € 40 milhões (R$ 253 mi). Contrato até 2029.
- Vitor Roque: “A Maior Aposta”. Comprado por mais de € 25 milhões. Potencial de venda supera € 50 milhões (R$ 316 mi), com repasse de % ao Barcelona.
- Facundo Torres: Valor de mercado de € 13 milhões (R$ 82 mi). Contrato até 2029.
- Ramón Sosa: Valor de mercado de € 11 milhões (R$ 70 mi). Contrato até 2030.
- Paulinho: “Ativo de Reativação”. Avaliado em € 12 milhões (R$ 76 mi). Retorna de lesão para valorizar em 2026.
- Luighi: Joia da base. Já vale € 5 milhões (R$ 31 mi) e tem monitoramento internacional.
- Total Estimado: O potencial de venda do pacote encosta nos R$ 800 milhões.
Vitor Roque: Lucro com “pedágio”

Vitor Roque é o ativo mais complexo e valioso. Tratado como a maior operação da história do futebol brasileiro, o atacante tem potencial para superar as cifras de Endrick e Estêvão se explodir em 2026. No entanto, o Palmeiras terá que dividir o bolo. O contrato com o Barcelona prevê o repasse de 10% a 20% do lucro, dependendo do valor final da venda. Ainda assim, a expectativa é de lucro massivo.
O “Pelotão de Elite” e a Base
Além das estrelas principais, o Palmeiras tem profundidade de mercado. Os pontas Facundo Torres e Ramón Sosa chegaram com contratos longos (2029 e 2030) e status de titulares, protegendo o clube de assédio barato. Já Paulinho vive um drama físico, mas é tratado como “ativo de reativação”: se voltar bem da cirurgia na tíbia, recupera o valor de mercado rapidamente.
Correndo por fora, Luighi é a próxima grande venda da base, com recusa recente de propostas e potencial para dobrar de preço com poucos jogos no profissional.