O mercado da bola reserva reviravoltas curiosas, e uma delas pode envolver o retorno de Bruno Rodrigues ao Cruzeiro. Após ser vendido ao Palmeiras no fim de 2023 por cerca de R$ 25 milhões, o atacante conviveu com lesões graves nos dois joelhos e perdeu espaço no elenco de Abel Ferreira. Agora, recuperado mas sem protagonismo, ele volta ao radar da Raposa em uma operação que pode custar menos da metade do que foi pago há dois anos.
Segundo projeções de mercado, o Verdão estaria disposto a negociar o jogador por valores próximos ao seu atual valor de mercado: cerca de € 1,5 milhão (aproximadamente R$ 9,6 a 10 milhões). Se o negócio sair nesses moldes, o clube paulista assumiria um prejuízo contábil de cerca de R$ 15 milhões para aliviar a folha salarial e oxigenar o grupo.
O Cruzeiro Rico: A SAF Pode Pagar?
Financeiramente, a resposta é sim. O Cruzeiro de 2026, sob a gestão de Pedro Lourenço, tem uma folha salarial projetada em R$ 20 milhões mensais e receitas recordes.
- O Custo: Absorver o salário de Bruno Rodrigues (estimado em R$ 650-700 mil) representa cerca de 3,5% do orçamento mensal. Para um clube que paga R$ 2 milhões a Gabigol, o valor é acessível.
- O Risco: A dúvida não é financeira, mas clínica. O jogador passou por duas cirurgias sérias e ficou quase 600 dias parado.

A Visão do Palmeiras: Recuperar ou Liberar?
Oficialmente, Abel Ferreira ainda conta com Bruno como opção de elenco. No entanto, com a ascensão de Estêvão (antes da saída), a chegada de Felipe Anderson e a presença de outros atacantes, o espaço é curto.
Negociar com o Cruzeiro seria uma saída honrosa: o jogador volta para onde foi feliz, e o Palmeiras recupera parte do investimento e economiza em salários futuros.
Análise Moon BH: Aposta com Rede de Segurança
Trazer Bruno Rodrigues de volta seria um movimento de “gestão de risco” para o Cruzeiro. Se o contrato for bem amarrado (com metas de produtividade e salário base menor), a Raposa ganha uma opção de ataque que já conhece a Toca e tem identificação com a torcida.
Se ele recuperar 80% do futebol de 2023, terá valido cada centavo dos R$ 10 milhões. Se não, o prejuízo será diluído em um orçamento robusto. Para o torcedor celeste, a saudade dos gols decisivos de 2023 pode falar mais alto que o medo das lesões de 2024.