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Ex-Palmeiras “trai” o passado no Flamengo e puxa coro humilhante contra o Verdão

A festa do tetracampeonato da Libertadores do Flamengo no Centro do Rio de Janeiro teve um protagonista improvável e uma polêmica que vai durar semanas. O lateral-esquerdo Matías Viña, que foi bicampeão da América pelo Palmeiras (2020 e 2021), protagonizou a cena mais viral da comemoração ao pegar o microfone e puxar o cântico que mais irrita a torcida alviverde: “O Palmeiras não tem Mundial”.

A provocação, incentivada por Arrascaeta, foi capturada em vídeo e gerou reações imediatas: êxtase do lado rubro-negro e revolta absoluta do lado palmeirense, que acusa o jogador de ingratidão.

A Cena: Arrascaeta, o Microfone e o “Lado Certo”

Tudo começou com Arrascaeta. O camisa 14, mestre de cerimônias do trio elétrico, chamou o compatriota e disparou a frase que serviu de gatilho: “O Viña está do lado certo! E como dizem…”. Foi a senha. Viña, sorridente e abraçado aos companheiros Léo Pereira e Luiz Araújo, completou a frase cantando a plenos pulmões a música que zomba da falta do título mundial do seu ex-clube.

A Revolta no Palmeiras: Ídolo ou Traidor?

A atitude chocou a torcida do Palmeiras porque Viña não foi um jogador qualquer no Allianz Parque. Ele foi titular, campeão da Tríplice Coroa em 2020 e rendeu milhões ao clube em sua venda para a Roma.

Ver um atleta que construiu sua projeção no Verdão zombar da instituição no trio do maior rival foi lido como uma “traição”. Nas redes sociais, a repercussão foi imediata, com torcedores lembrando antigas declarações de carinho do jogador pelo clube paulista.

O Tricampeão da América (no Banco)

Curiosamente, Viña agora ostenta um currículo invejável: é tricampeão da Libertadores (duas pelo Palmeiras, uma pelo Flamengo). No entanto, sua participação no título rubro-negro foi discreta. Contratado por € 8 milhões (cerca de R$ 43 milhões) em 2024, o uruguaio sofreu com lesões graves e foi reserva de Ayrton Lucas na maior parte da campanha, somando poucos minutos em 2025. Mesmo assim, no microfone e na festa, ele assumiu o protagonismo da rivalidade.

Análise: A Rivalidade em Outro Nível

A provocação de Viña enterra qualquer chance de uma relação amigável com sua ex-torcida. O episódio simboliza o nível atual da rivalidade entre Flamengo e Palmeiras: ela não respeita passado ou gratidão. Para o Flamengo, ter um ex-rival cantando suas músicas é o troféu final da hegemonia. Para o Palmeiras, fica a mágoa e a certeza de que o próximo encontro entre os times, em 2026, terá um clima ainda mais hostil, especialmente se Viña estiver em campo.

Fhilipe Pelájjio
Fhilipe Pelájjiohttps://moonbh.com.br/fhilipe-pelajjio/
Publicitário, jornalista e pós-graduado em marketing, é editor do Moon BH e do Jornal Aqui de BH e Brasília. Já foi editor do Bhaz, tem passagem pela Itatiaia e parcerias com R7, Correio Braziliense e Estado de Minas. Especialista na cobertura de futebol, com foco em Atlético, Cruzeiro, Palmeiras e Flamengo há mais de 10 anos.