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Palmeiras não vai pagar R$ 6,1 milhões ao Barcelona por Vitor Roque

A derrota do Palmeiras para o Flamengo na final da Libertadores não foi lamentada apenas em São Paulo. Na Catalunha, a diretoria do Barcelona sentiu o golpe no bolso. O vice-campeonato em Lima fez “evaporar” instantaneamente um bônus de € 1 milhão (cerca de R$ 6,1 milhões) que o clube espanhol receberia caso o Verdão levantasse a taça com Vitor Roque no elenco.

A cláusula, inserida na venda do atacante em 2025, era uma das apostas do Barça para aliviar sua crise financeira. No entanto, o gol de Danilo e as chances desperdiçadas pelo ataque alviverde deixaram os europeus de mãos vazias.

O Gatilho que Não Disparou no Palmeiras

A negociação que trouxe Vitor Roque ao Brasil foi complexa, envolvendo um valor fixo (€ 25,5 milhões) e variáveis por desempenho.

  • A Meta: O contrato estipulava o pagamento extra de € 1 milhão se o Palmeiras conquistasse a Libertadores 2025.
  • O Cenário: O Barcelona contava com esse dinheiro para abater dívidas pendentes (inclusive com o Athletico-PR). Com a derrota, o gatilho foi desativado, e o valor permanece nos cofres do Palmeiras.

A Atuação de Vitor Roque e o Drama Catalão

Para o Barcelona, o jogo teve contornos de drama. Vitor Roque, o ativo que poderia gerar o lucro, teve chances de mudar a história da final, mas parou na defesa rubro-negra. A frustração é dupla: além de não receber o bônus agora, o Barcelona vê seu ativo (do qual ainda detém 20% de mais-valia) perder a chance de uma valorização imediata que o título continental traria.

O Que Resta? Mundial e Bola de Ouro

Apesar do prejuízo imediato, o contrato ainda prevê “balas de prata” para o futuro. O Barcelona ainda pode lucrar se:

  1. Vitor Roque for eleito um dos melhores do Mundial de Clubes.
  2. O Palmeiras for campeão mundial com o atacante em campo (bônus de € 2 milhões).
  3. O jogador conquistar prêmios individuais globais (como o The Best).

Análise: O Alívio Financeiro do Palmeiras

Ironicamente, a derrota trouxe uma “economia” para o Palmeiras. O clube deixa de pagar R$ 6,1 milhões, embora tenha perdido uma premiação muito maior da Conmebol (a diferença entre campeão e vice é de cerca de R$ 100 milhões).

Para o mercado, o episódio reforça como os contratos modernos transformam torcedores improváveis: por 90 minutos, o Barcelona foi palmeirense, mas acabou, assim como a torcida alviverde, ficando no “quase”.

Marcos Amaral
Marcos Amaral
Jornalista formado pela Estácio de Sá, cobre futebol por paixão e profissão. Jogador amador, é especialista na cobertura do Flamengo, Palmeiras, Cruzeiro, Atlético, Grêmio e Corinthians. Há mais de anos acompanha de perto o futebol nacional.