O Palmeiras tem um alvo “Nível A” na mira, mas o negócio esbarra em valores astronômicos e em uma polêmica declaração do passado. O clube alviverde monitora o meia Gerson, hoje no Zenit (Rússia), mas a pedida russa de € 40 milhões (cerca de R$ 250 milhões) e o salário do jogador tornam a operação um “sonho proibido” para 2026.
A situação é ainda mais tensa pelo histórico: o próprio Gerson, ídolo do Flamengo, já disse publicamente que a ideia de jogar no Verdão seria uma “brincadeira”, reforçando a impossibilidade do acerto.
O “Muro” Financeiro: Zenit Pede R$ 250 Milhões por Gerson
O principal obstáculo é o preço. O Zenit pagou € 25 milhões (R$ 160 mi) ao Flamengo em julho e, com contrato até 2030, não quer ter prejuízo.
- Preço: A exigência de € 40 milhões é uma forma de fechar a porta. Se fosse pago, o negócio quebraria o recorde de transferência do futebol brasileiro (hoje de Vitor Roque, € 25,5 mi).
- Salário Proibitivo: O pacote salarial de Gerson na Rússia é de mais de R$ 3,5 milhões mensais (com bônus). Para jogar no Palmeiras, ele teria que aceitar um corte de quase 40%, caindo para a faixa de R$ 2–2,2 milhões mensais, o teto do clube.
O “Não” de Leila e o Caso Riquelme Fillipi no Palmeiras
O Palmeiras mostrou que não fará loucuras. O Zenit chegou a sinalizar que aceitaria negociar o preço, mas com uma compensação: queria incluir Riquelme Fillipi, joia da base alviverde, como moeda de troca. A diretoria de Leila Pereira recusou veementemente a ideia, priorizando a valorização de seus ativos jovens.

Essa postura do Palmeiras – de não envolver a base em trocas – é uma demonstração de força e de que o clube não está desesperado para o negócio.
A Tensão da Camisa Rubro-Negra
A situação é politicamente delicada. Gerson é um dos maiores ídolos recentes do Flamengo. A declaração de que “só pode estar brincando” ao ser questionado sobre o Palmeiras adiciona uma camada de tensão: o jogador teria que enfrentar a torcida rubro-negra e um corte salarial drástico para ir para o rival.
Análise: O Sonho que o Excel Mata
O “sonho Gerson” é caro, complexo e altamente improvável para 2026. A régua de € 40 milhões e a recusa em envolver a base mostram que o Palmeiras só negocia se o risco for zero.
Hoje, a leitura mais fria é: o Palmeiras monitora, pois Gerson é um jogador de elite, mas a probabilidade é baixa. O Verdão não vai destruir seu teto salarial nem abrir mão de um ativo futuro (Riquelme) para fechar com um jogador que não garante uma revenda e tem histórico de lesões recentes. A novela deve esfriar.