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Palmeiras e Cruzeiro: O “não” de Gabriel Pec e a oferta de R$ 92 milhões

O sonho de repatriar Gabriel Pec para o futebol brasileiro em 2025 esbarrou em uma muralha financeira. Tanto Cruzeiro quanto Palmeiras realizaram sondagens recentes ao estafe do atacante e ao LA Galaxy (EUA), mas a resposta foi negativa. O jogador prioriza sua continuidade na MLS, onde vive fase de protagonista, e os valores envolvidos na operação assustam até os clubes mais ricos do Brasil.

A negativa não é apenas uma escolha de vida; é uma questão de mercado. Pec se tornou um ativo “intocável” nos Estados Unidos, protegido por um salário de estrela e uma recente recusa a uma oferta milionária da Europa.

A Régua do Mercado: Galaxy Recusou US$ 16 Milhões

Para entender o “preço” de Pec, é preciso olhar para a França. Na última janela, o LA Galaxy recusou uma proposta do Lyon estimada em US$ 16 milhões (cerca de R$ 92 milhões na cotação da época).

Se o clube americano disse “não” a quase R$ 100 milhões de um europeu, a mensagem para Cruzeiro e Palmeiras é clara: qualquer conversa para 2026 só começa acima desse valor. O Galaxy pagou US$ 10 milhões (recorde do clube) para tirá-lo do Vasco e tem contrato com o atleta até dezembro de 2028. Não há pressão para vender.

O Salário de “Designated Player”: R$ 1,2 Milhão/Mês

Além da taxa de transferência proibitiva, o pacote salarial de Pec é outro obstáculo. Nos EUA, ele ocupa uma vaga de Designated Player (jogador que pode ganhar acima do teto salarial).

Segundo dados da Associação de Jogadores da MLS, sua compensação garantida anual gira em torno de US$ 2,46 milhões. Isso equivale a um salário mensal de cerca de R$ 1,2 milhão, livre de variações cambiais e com qualidade de vida americana. Para convencê-lo a voltar, um clube brasileiro teria que, no mínimo, igualar esse patamar e oferecer um projeto esportivo de titularidade absoluta.

O Fator Vasco: A “Mordida” de 30%

Foto: reprodução

A engenharia financeira fica ainda mais cara por causa do Vasco. O clube carioca manteve 30% dos direitos econômicos de Pec. Isso significa que o LA Galaxy, para ter lucro real, precisa vender o jogador por um valor muito alto, pois quase um terço da receita terá que ser repassada aos cofres de São Januário. Essa cláusula inflaciona o preço final para qualquer comprador.

Análise: O Sonho de 2026 para o Palmeiras e Cruzeiro

Para que o “não” de agora vire um “sim” em 2026, o cenário precisa mudar drasticamente. O Cruzeiro ou o Palmeiras teriam que montar uma operação de guerra: pagar uma taxa próxima de US$ 20 milhões (R$ 115 milhões) para convencer o Galaxy e oferecer um pacote de protagonismo indiscutível ao jogador.

Hoje, Gabriel Pec é um ativo de nível europeu jogando na América do Norte. Tirá-lo de lá exige dinheiro de Premier League, algo que, no momento, torna a operação inviável para o mercado doméstico.

Marcos Amaral
Marcos Amaral
Jornalista formado pela Estácio de Sá, cobre futebol por paixão e profissão. Jogador amador, é especialista na cobertura do Flamengo, Palmeiras, Cruzeiro, Atlético, Grêmio e Corinthians. Há mais de anos acompanha de perto o futebol nacional.