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Palmeiras paga R$ 2 milhões a Vitor Roque e disse “não” a R$ 218 mi

Vitor Roque é, hoje, o maior ativo do futebol sul-americano e a maior aposta da história do Palmeiras. A contratação recorde do clube (uma operação total de R$ 155 milhões) já se paga em campo com gols decisivos e uma convocação para a Seleção Brasileira. Mas, nos bastidores, a engenharia financeira montada por Leila Pereira para seu contrato define o “preço de etiqueta” do atacante e blinda o clube contra o assédio europeu.

A imprensa internacional já noticia o interesse de gigantes da Premier League (como o Manchester United) e especula ofertas na casa dos € 50 milhões (R$ 310 milhões). No entanto, o Verdão já deu seu recado: o “Tigrinho” não sai por pouco.

O “Não” que Definiu a Régua: R$ 218 Milhões Recusados

Para entender o “preço” de Roque, é preciso olhar para a proposta que já foi recusada. Segundo o portal Barca Blaugranes, o estafe do jogador já recusou uma oferta de € 35 milhões (R$ 218 milhões) do Oriente Médio. O recado foi claro: a prioridade do jogador é a performance esportiva na elite, e o Palmeiras só abre conversa por valores muito acima disso.

O Salário: O Mais Alto do Elenco do Palmeiras

Para trazer o atacante, o Palmeiras abriu o cofre. Estimativas da imprensa especializada (como The Playoffs e Terra) apontam que o pacote salarial de Vitor Roque está no topo da folha alviverde, na faixa de R$ 1,9 milhão a R$ 2 milhões por mês. É o salário de um protagonista, condizente com o investimento feito.

A “Cláusula Secreta” do Barcelona: A Divisão do Lucro

Este é o ponto mais complexo do negócio. Quando o Palmeiras comprou 80% do passe por € 25,5 milhões, o Barcelona (dono anterior) manteve 20% de “sell-on” (revenda).

Foto: Cesar Greco/Palmeiras/by Canon

No entanto, segundo a ESPN e a Cadena SER, essa fatia não é fixa. Ela é escalonada de acordo com o valor da futura venda:

  • Venda até € 34,9 mi: Barcelona fica com 10%.
  • Venda entre € 35 mi e € 40,9 mi: Barcelona fica com 15%.
  • Venda a partir de € 41 mi: Barcelona fica com 20%.

Essa engenharia foi uma “jogada de mestre” de Leila Pereira. Ela “trava” o preço de saída: para o Palmeiras ter um lucro máximo, não adianta vender por € 30 milhões; o clube é incentivado a segurar o jogador até que apareça uma proposta “monstruosa” (como os € 50 milhões especulados pelo United), onde, mesmo pagando 20% ao Barça, o lucro líquido alviverde será gigantesco.

As Conquistas que Justificam o Preço de Vitor Roque

O valor de Roque não é apenas especulação. O atacante já tem um currículo de peso:

  • Campeão Sul-Americano Sub-20 (2023)
  • Artilheiro do Sul-Americano Sub-20 (2023)
  • Time da Libertadores (2022)
  • Campeão Paranaense (2023)

Análise: O Futuro é Verde (Até a Proposta Certa)

O cenário para 2026 é de tranquilidade para o torcedor do Palmeiras. Com contrato “blindado” até dezembro de 2029, o clube não tem nenhuma pressão para vender. A diretoria e Abel Ferreira focam no retorno esportivo imediato (o título do Brasileirão e a final da Libertadores).

A estratégia é clara: usar a temporada de 2026, com a vitrine do novo Mundial de Clubes, para valorizar Vitor Roque ainda mais, quem sabe, acima dos € 50 milhões. A “novela” da venda está apenas começando, e quem dita o preço, o timing e as condições é o Palmeiras.

Marcos Amaral
Marcos Amaral
Jornalista formado pela Estácio de Sá, cobre futebol por paixão e profissão. Jogador amador, é especialista na cobertura do Flamengo, Palmeiras, Cruzeiro, Atlético, Grêmio e Corinthians. Há mais de anos acompanha de perto o futebol nacional.