Acabou o mistério. A torcida do Palmeiras, que vivia a esperança de um retorno “milagroso” de Paulinho para a final da Libertadores, recebeu a notícia que mais temia. O diretor de futebol do clube, Anderson Barros, “bateu o martelo” nesta quarta-feira (12) e confirmou: o camisa 10 não jogará mais em 2025 e está oficialmente fora da decisão contra o Flamengo, em 29 de novembro.
A declaração do dirigente encerra semanas de especulação e rumores – alguns que chegaram a cravar um “retorno surpresa” em novembro – e define a estratégia do clube: cautela médica total e foco na recuperação plena do atleta para a temporada de 2026.
A Declaração que Encerra a Novela Paulinho
Em fala que repercutiu rapidamente, Anderson Barros elogiou o progresso do jogador, mas foi taxativo ao frear a ansiedade da torcida e do mercado.
“O Paulinho está em evolução, mas ajudará o Palmeiras em 2026; não vamos acelerar o processo”, declarou o diretor à Gazeta Esportiva.
A linha do clube é clara e encerra a “novela”. O Palmeiras não vai arriscar seu ativo mais caro (uma operação de R$ 162 milhões) por 30 minutos em uma final, por mais importante que ela seja.
O “Porquê” da Cautela no Palmeiras: A Gravidade da Lesão
A decisão de “segurar” Paulinho não é um preciosismo tático, mas uma obrigação médica. O jogador passou por uma cirurgia complexa em julho para fixação da tíbia da perna direita, com enxerto ósseo. Diferente de uma lesão muscular, uma fratura por estresse que exige intervenção cirúrgica demanda um tempo de consolidação óssea que não pode ser acelerado.
Forçar um retorno agora, sem que o osso esteja 100% calcificado, representaria um risco gigantesco de uma nova fratura no local, o que poderia tirar o atacante de todo o primeiro semestre de 2026. O Núcleo de Saúde e Performance (NSP) do Palmeiras optou pela ciência em vez da emoção.
O Impacto na Final: O “Plano B” de Abel Vira “Plano A”

Para a grande decisão em Lima, no dia 29 de novembro, Abel Ferreira agora trabalha com a certeza de que não terá seu “coringa”. A ausência de Paulinho – o jogador de “ruptura”, drible curto e finalização de média distância – muda o leque de opções táticas.
Sem o camisa 10, o Palmeiras perde a “arma secreta” que poderia mudar o jogo no segundo tempo. Abel Ferreira terá que apostar na força do coletivo que levou o time até a final. O plano tático deve focar em:
- Felipe Anderson atuando mais por dentro, como um “10,5” para conectar o meio ao ataque.
- Vitor Roque centralizado, focado em atacar o primeiro pau e a profundidade.
- Facundo Torres ou Ramón Sosa dando amplitude e velocidade pelos lados.
- A bola parada com Raphael Veiga e Gustavo Gómez, que vira uma arma ainda mais crucial.
Análise: A Vitória da Gestão sobre a Ansiedade
A decisão do Palmeiras é um atestado de maturidade e gestão de risco. É frustrante para o torcedor, que sonhava com uma entrada heroica de seu craque em Lima. No entanto, é a decisão financeiramente e clinicamente correta.
O clube protege seu investimento de R$ 162 milhões e garante que terá seu “reforço” principal 100% apto para a pré-temporada de 2026, que inclui a disputa do Super Mundial de Clubes. A diretoria e a comissão técnica resistiram à “tentação da final” e priorizaram o longo prazo. Para Abel, a mensagem é clara: o Palmeiras confia no elenco que tem para buscar o tetra, e o fará sem “forçar” a barra ou colocar em risco o futuro de seus atletas.