HomeEsportesPalmeirasPalmeiras: Piquerez na Juventus? "Canetada" de Leila Pereira trava negócio

Palmeiras: Piquerez na Juventus? “Canetada” de Leila Pereira trava negócio

O interesse da Juventus, da Itália, em Joaquín Piquerez voltou a esquentar os bastidores do Palmeiras nesta reta final de temporada. No entanto, o clube italiano encontrou uma barreira que não existia no meio do ano: uma “canetada” estratégica da presidente Leila Pereira.

O Verdão agiu rápido para “blindar” seu titular, e a renovação de contrato assinada recentemente mudou completamente o cenário, travando qualquer negociação imediata e jogando o preço do jogador para as alturas.

A Cronologia: Da R$ 120 Milhões à Blindagem do Palmeiras

Para entender o cenário atual, é preciso voltar a julho de 2025. Naquela janela, a Juventus e outros clubes europeus sondaram fortemente o lateral uruguaio, com propostas ventiladas na imprensa na casa de € 18 a 20 milhões (aproximadamente R$ 115 a R$ 125 milhões).

A resposta da diretoria do Palmeiras veio em forma de ação, não de palavras. O clube chamou o jogador e seu estafe para negociar uma renovação de contrato, estendendo o vínculo até o final de 2030. Esse movimento não foi apenas uma valorização salarial (seu salário, não oficial, gira em torno de R$ 500 mil/mês), mas sim uma manobra de mercado para dar ao clube total poder de barganha.

O Novo “Price Tag” por Piquerez: R$ 120 Milhões Virou “Piso”?

Com a renovação assinada, o Palmeiras não tem mais nenhuma urgência ou pressão para vender. Piquerez, aos 27 anos, está no auge da forma, tem passaporte italiano (o que facilita sua inscrição como jogador “comunitário” na Europa) e atua em uma posição escassa no mercado mundial.

Fontes de mercado apontam que a diretoria alviverde agora usa a antiga sondagem de € 18 milhões como o piso mínimo para sequer abrir uma conversa. O “preço real” para tirar Piquerez do Allianz Parque na janela de janeiro de 2026 subiu para a faixa de € 20 a 22 milhões (R$ 125 a R$ 137 milhões), e o clube deve exigir ainda bônus por metas e um percentual de revenda.

Por que o “Não” ao Juventus Agora Faz Sentido?

Fabio Menotti/Palmeiras

A recusa de Leila Pereira em negociar neste exato momento é puramente estratégica e se baseia em dois pilares:

  1. Foco Esportivo Total: O Palmeiras está a três semanas da final da Copa Libertadores contra o Flamengo e em uma briga ponto a ponto pelo título do Brasileirão. Vender um titular absoluto agora seria um desastre esportivo e desestabilizaria o elenco no momento mais crucial da temporada.
  2. Gestão de Valor (A Janela Certa): A diretoria sabe que a janela de inverno europeia (janeiro) é um mercado de “ajustes”, onde os clubes pagam menos. A estratégia é segurar o jogador, apostar em mais uma grande temporada em 2026 (com a vitrine do novo Mundial de Clubes) e vendê-lo na janela de verão europeia (julho/agosto), quando os clubes têm mais orçamento, mais tempo para pré-temporada e, consequentemente, pagam mais caro.

Análise: O Palmeiras no Controle Total

O interesse da Juventus é real e deve continuar, mas o Palmeiras está no controle total da situação. A renovação até 2030 foi a jogada de mestre que tirou o poder da mão do mercado e o colocou na mão do clube. A mensagem de Leila Pereira para a Itália é clara: o “não” de agora significa que o preço subiu.

Se a “Velha Senhora” quiser levar o lateral uruguaio em 2026, terá que transformar a sondagem de € 18 milhões em uma proposta concreta muito acima dos € 20 milhões, com bônus e, de preferência, um percentual de revenda. Até lá, Piquerez segue como um pilar intocável no time de Abel Ferreira, focado em buscar mais títulos históricos para o Allianz Parque.

Naiara Souza
Naiara Souza
Jornalista formada há quase dez anos pela Universidade Estácio de Sá, cobre o futebol há mais de cinco anos, focada em Cruzeiro, Atlético, Palmeiras e Flamengo, e também as notícias mais importantes sobre Belo Horizonte e Minas Gerais.