O artilheiro do Palmeiras, Flaco López, entrou forte no radar do futebol italiano para 2026. Clubes da Serie A sondaram a situação do atacante argentino, mas esbarraram imediatamente em uma posição firme da presidente Leila Pereira. Segundo apurações de bastidores, a mandatária “travou” qualquer negociação imediata, sinalizando que não abre mão de seu homem-gol na reta final decisiva da temporada.
A decisão, no entanto, não é um “não” definitivo. É uma jogada estratégica para valorizar o ativo e definir o timing correto para a venda: a janela de verão europeia de 2026, quando o clube espera propostas na casa dos € 12 a € 18 milhões (R$ 81 a R$ 122 milhões).
Por que a Itália Está de Olho? A Explosão de Flaco
O interesse da Itália não surgiu do nada. Flaco López vive a melhor fase de sua carreira. Após um período de adaptação, ele se tornou titular absoluto do ataque de Abel Ferreira, assumiu a artilharia da equipe e, como coroação, recebeu sua primeira convocação para a seleção argentina neste ano.
Esse “selo” internacional, somado ao contrato longo (renovado em setembro até o fim de 2029) e à sua idade (24 anos), o colocou na prateleira de “ativos premium” do futebol sul-americano. O valor de mercado do jogador no Transfermarkt já saltou para € 9 milhões, mas o Palmeiras sabe que pode pedir muito mais.
Por que Leila Disse “Não” Agora? A Estratégia da Gestão de Valor
A recusa de Leila Pereira em negociar agora é puramente estratégica e esportiva. O Palmeiras está em plena reta final do Campeonato Brasileiro, brigando ponto a ponto pela liderança, e se prepara para a grande final da Copa Libertadores no final do mês. Vender o artilheiro do time neste exato momento seria um “tiro no pé” tático, desorganizando fatalmente o esquema de Abel Ferreira na hora mais decisiva do ano.

A diretoria entende que o ganho esportivo de manter Flaco até o fim da temporada supera qualquer oferta financeira que chegue na janela “fraca” de inverno (janeiro).
O Preço Certo na Janela Certa: Palmeiras tem plano
O “não” de agora é, na verdade, um “espere até julho”. O Palmeiras está no controle total da situação e não tem pressa. A diretoria já provou que sabe negociar ao recusar uma oferta de R$ 65 milhões do Monterrey (México) no meio do ano.
Para 2026, a régua está alta. A diretoria alviverde só deve abrir conversas sérias por propostas que atinjam a faixa de € 12 a € 18 milhões (R$ 81 a R$ 122 milhões) em valores fixos, além de bônus por metas e, crucialmente, a manutenção de 10% a 20% dos direitos para uma futura revenda (“sell-on”).
Análise: A Paciência que Vale Ouro
A postura do Palmeiras é um exemplo clássico de gestão de valor de ativos. O clube blinda o jogador no momento esportivo mais importante e “empurra” a negociação para a janela de verão europeia (julho/agosto), período em que os clubes do velho continente têm mais orçamento, mais tempo para adaptação e, consequentemente, pagam mais caro.
A mensagem de Leila Pereira para a Itália é clara: o Verdão sabe o valor do seu artilheiro. Quem quiser tirar Flaco López do Allianz Parque terá que esperar o momento certo e, acima de tudo, preparar um cheque “premium” que justifique a perda técnica e financeira do clube. Até lá, a torcida alviverde pode ficar tranquila: o artilheiro fica para as finais.