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Palmeiras: Abel ‘aprova’ André com custo de R$ 175 mi+

O nome de André, ex-Fluminense e atualmente no Wolverhampton (Inglaterra), voltou a ganhar força nos bastidores do Palmeiras. O ex-goleiro Velloso, em comentários recentes, afirmou que o volante foi “aprovado por Abel Ferreira” e está no radar do clube para 2026. A notícia repercutiu rapidamente, mas, por enquanto, trata-se de um monitoramento técnico, não de uma negociação oficial. A operação para tirar o jogador da Premier League é considerada extremamente cara e complexa.

O Obstáculo ao Palmeiras: O “Preço Premier League”

O grande entrave para transformar o interesse em proposta é o preço. O Wolverhampton fez um investimento altíssimo para contratar André em agosto de 2024, pagando ao Fluminense € 22 milhões (cerca de R$ 130 milhões na época) fixos, além de bônus. Com um contrato longuíssimo, válido até junho de 2029, os ingleses não têm a menor pressão para vender.

O valor de mercado atual de André no Transfermarkt já saltou para € 28 milhões (cerca de R$ 175 milhões). Para o Wolves, qualquer negociação só faria sentido por valores acima disso, na casa dos € 30 a 32 milhões (R$ 187 a R$ 200 milhões), para justificar a liberação de um titular.

A Conta do Negócio: Salário e a “Mais-Valia” do Fluminense

Além da taxa de transferência, dois fatores pesam na conta:

  1. O Salário: Os vencimentos de André na Inglaterra são estimados em £ 1,82 milhão por ano (cerca de R$ 1,2 milhão por mês). Embora seja um valor altíssimo, ele está dentro do patamar que o Palmeiras paga às suas principais estrelas, tornando-o “pagável”, embora no teto do elenco.
  2. A “Mais-Valia” do Fluminense: Ao vendê-lo, o clube carioca manteve 10% sobre o lucro (mais-valia) de uma futura transferência. Por exemplo, se o Verdão comprasse André por € 32 milhões, o lucro do Wolves seria de € 10 milhões (32 – 22), e o Fluminense teria direito a € 1 milhão (R$ 6,2 milhões) dessa fatia.

O Encaixe Tático: Por que Abel Teria Aprovado?

Foto: reprodução

O suposto “aval” de Abel Ferreira se justifica taticamente. O perfil de André é exatamente o que o técnico português valoriza: um volante “5” ou “8” (primeiro ou segundo homem de meio-campo) com alta capacidade de construção, passe vertical que quebra linhas e intensidade na pressão pós-perda. Ele se encaixaria perfeitamente ao lado de Aníbal Moreno ou Richard Ríos, qualificando a saída de bola e liberando o meia criativo (como Raphael Veiga) para atuar mais próximo da área.

Análise: Como o Negócio Poderia Sair do Papel?

Diante das cifras estratosféricas para uma compra direta, o Palmeiras dificilmente faria um investimento dessa monta à vista. O caminho mais realista para o futebol brasileiro seria um empréstimo longo (18 meses) com obrigação de compra condicionada a metas.

Nesse modelo, o Verdão pagaria uma taxa de empréstimo elevada agora, assumiria os salários (ou parte deles) e só efetuaria a compra definitiva se o jogador atingisse metas de performance. Isso diluiria o risco financeiro e esportivo.

A fala de Velloso acende a esperança da torcida, mas a realidade é que a negociação é, hoje, muito difícil. O Palmeiras monitora, pois é sua obrigação acompanhar os melhores, mas tirar um titular da Premier League exige uma engenharia financeira no nível das maiores contratações da história do clube.

Naiara Souza
Naiara Souza
Jornalista formada há quase dez anos pela Universidade Estácio de Sá, cobre o futebol há mais de cinco anos, focada em Cruzeiro, Atlético, Palmeiras e Flamengo, e também as notícias mais importantes sobre Belo Horizonte e Minas Gerais.