A noite desta quinta-feira (30), no Allianz Parque, exige uma página heroica na história do Palmeiras. Após a dura derrota por 3 a 0 para a LDU na altitude de Quito, o Verdão precisa de uma “remontada” épica, jamais vista em uma semifinal de Libertadores neste século, para alcançar a grande final da competição. A bola rola às 21h30 (de Brasília), e a confiança de Abel Ferreira é o combustível: “Se há uma equipe que pode inverter, somos nós”.
A Missão (Quase) Impossível: O Que o Palmeiras Precisa Fazer?
O cenário deixado pelo jogo de ida é desafiador. A LDU chega a São Paulo com uma vantagem considerável. Para o Palmeiras, a matemática da classificação é a seguinte:
- Vitória por 3 gols de diferença (Ex: 3×0, 4×1, 5×2): Leva a decisão para os pênaltis. (Não há critério do gol fora de casa).
- Vitória por 4 ou mais gols de diferença (Ex: 4×0, 5×1, 6×2): Garante a classificação direta no tempo normal.
- Qualquer outro resultado (vitória por menos de 3 gols, empate ou derrota): Elimina o Palmeiras.
Vale lembrar: se a LDU marcar um gol no Allianz Parque, o Verdão precisará de uma vitória por quatro gols de diferença (ex: 5×1) apenas para levar aos pênaltis.
O Peso da História: Uma Virada Inédita em Semifinais
A tarefa alviverde é monumental não apenas pelo placar, mas pelo histórico da competição. Segundo levantamento da revista Placar, desde 1988, nenhuma equipe conseguiu reverter uma desvantagem de três ou mais gols sofrida no jogo de ida em uma semifinal de Libertadores. Houve viradas impressionantes em outras fases (como o famoso 8 a 0 do River Plate sobre o Jorge Wilstermann nas quartas de 2017), mas na antessala da final, quem abriu larga vantagem sempre passou.
O próprio Abel Ferreira, no comando do Palmeiras, ainda não conseguiu uma virada “no agregado” na Libertadores após perder o jogo de ida.
Como Construir a Remontada? As Armas do Verdão

A esperança alviverde reside na força do Allianz Parque e na capacidade do time de se superar em momentos decisivos. As chaves para buscar o placar necessário passam por:
- Allianz Parque como Caldeirão: O retrospecto de Abel em casa na Libertadores é impressionante (75% de aproveitamento, média de 2,4 gols por jogo). A pressão da torcida e a familiaridade com o gramado são trunfos cruciais.
- Pressão Total e Eficiência: O time precisa sufocar a LDU desde o início, recuperando a bola no campo de ataque e transformando volume em finalizações precisas.
- Bola Parada: Em jogos tensos, a bola parada é um atalho. A força de Gustavo Gómez na área e a qualidade dos cobradores podem ser decisivas.
- Velocidade Pelas Pontas: Explorar a velocidade de jogadores como Felipe Anderson, Facundo Torres e Ramón Sosa para atacar as costas da defesa equatoriana e criar chances para os finalizadores (Vitor Roque e Flaco López).
Serviço do Jogo
- Partida: Palmeiras x LDU Quito (Jogo de Volta – Semifinal)
- Data e Horário: Hoje, quinta-feira (30/10), às 21h30 (de Brasília)
- Local: Allianz Parque, São Paulo – SP
- Transmissão ao vivo: ESPN (TV fechada) e Disney+ (Streaming).
Análise: Entre a História e a Esperança
A LDU chega com uma vantagem confortável e deve apostar em um bloco defensivo baixo, explorando os contra-ataques. Qualquer gol equatoriano complica demais a missão alviverde. Para o Palmeiras, a noite exige perfeição: intensidade máxima, concentração defensiva e, acima de tudo, eficiência para transformar a pressão em gols.
A história joga contra, mas o futebol vive de noites épicas. Se existe um time capaz de desafiar as estatísticas e buscar uma virada desta magnitude no cenário atual, é o Palmeiras de Abel Ferreira, empurrado pela força de sua torcida no Allianz Parque. A esperança reside na crença do treinador e na capacidade comprovada deste elenco de superar limites.