A grave lesão de Lyanco, que desfalcará o Atlético por boa parte de 2026, gerou uma pergunta inevitável nos bastidores: o Galo tentaria “melar” a venda de Bruno Fuchs para o Palmeiras para suprir a ausência? A análise fria do contrato, no entanto, mostra que o azar de um virou a sorte (e o poder) do outro. A necessidade do Atlético aumentou, mas o poder de decisão continua 100% nas mãos do Palmeiras, que já sinalizou que vai ficar com o zagueiro.
A lesão de Lyanco não reabriu a negociação; pelo contrário, ela apenas reforçou o quão bom negócio o Palmeiras tem nas mãos.
A Análise do Poder Contratual: A ‘Caneta’ é do Palmeiras
O ponto central que define todo o cenário é a cláusula de opção de compra. No futebol, isso significa que o clube que tem o jogador por empréstimo (Palmeiras) tem o direito unilateral de comprá-lo por um preço pré-fixado (€ 3,5 milhões) dentro de um prazo estabelecido (até dezembro).
O Atlético não pode, legalmente, vetar a compra ou “pedir o jogador de volta”. A única forma de o negócio “melar” seria se o próprio Palmeiras desistisse de exercer seu direito, o que, hoje, é um cenário impensável.
A Análise do Custo-Benefício do jogador

Mesmo que pudesse, por que o Palmeiras desistiria? A compra de Bruno Fuchs por € 3,5 milhões é vista como um excelente negócio:
- Preço Justo: O valor está alinhado ao mercado (seu valor no Transfermarkt é de € 3 mi) e é superior ao que o Atlético pagou por ele (€ 2,7 mi), o que torna a operação financeiramente lógica para ambos.
- Desempenho em Campo: Fuchs não é mais uma promessa. Com Abel Ferreira, ele ganhou sequência, acumulou ótimas atuações e mostrou exatamente o que o técnico valoriza: qualidade na saída de bola (89% de acerto nos passes) e força no jogo aéreo (60% de duelos ganhos).
- Validação Interna: O próprio elenco já “comprou” o zagueiro. O pedido público de Paulinho (“Compra ele!”) é o termômetro do bom ambiente e da aprovação técnica do jogador.
Veredito: Galo ficaria sem Fuchs
A lesão de Lyanco é uma tragédia esportiva para o Atlético e, de fato, torna a permanência de Fuchs ainda mais desejável para o clube mineiro. Mas desejo não anula contrato. O Palmeiras tem a faca, o queijo e a caneta na mão.
A diretoria alviverde fará o que a lógica manda: exercerá seu direito contratual e garantirá a permanência de um zagueiro bom, adaptado e com preço justo. A crise de um rival, neste caso, apenas serviu para valorizar ainda mais o ativo que já está na casa do outro.