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Palmeiras assusta com salário de Gerson e avisa sobre máximo

O Palmeiras monitora Gerson para 2026 e já fez sondagens sobre cenário e valores. A avaliação interna é positiva, mas o negócio esbarra em dois fatores: o salário do jogador no Zenit, estimado em R$ 3,1 milhões/mês, e a postura do clube russo de não fazer desconto sobre os € 25 milhões investidos recentemente.

O que sabemos até agora

Interesse/sondagens: há conversas preliminares e Gerson vê com bons olhos voltar ao Brasil; a ESPN relata que o atleta é bem avaliado no Verdão.

Salário como entrave: o valor mensal no Zenit é considerado fora da curva para a folha palmeirense.

Contrato & histórico recente: Gerson foi anunciado pelo Zenit em 13/07/2025, com vínculo até 2030; desde então, atuou pouco e o clube estuda como recuperar o investimento.

Dinheiro em jogo — por que o negócio é caro

Salário atual: ~R$ 3,1 mi/mês no Zenit. Para efeito de comparação, reportagem recente estima a folha do Palmeiras na casa de R$ 35 mi/mês; um único contrato nesses moldes consumiria quase 9% do total mensal.

Indenização/compra: Flamengo vendeu por € 25 mi (≈ R$ 160 mi); Transfermarkt lista valor de mercado de € 22 mi, cifra que dá a ordem de grandeza do ativo. Zenit quer recuperar o que pagou.

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Foto: Marcelo Cortes/Flamengo

Cenários na mesa (do mais ao menos viável hoje)

Empréstimo com compartilhamento de salários
Palmeiras paga parte do salário e cláusulas por metas; Zenit banca o restante para valorizar o ativo. É o caminho mais plausível se os russos aceitarem amortizar a operação. (Baseado nas condições relatadas por ESPN/Bolavip; não há proposta oficial publicada.).

Compra com abatimentos
Venda definitiva abaixo dos € 25 mi, com bônus e/ou porcentagens futuras. Depende de o Zenit flexibilizar a exigência de “recuperar integralmente” o aporte.

Sem avanço em 2026
Mantido o salário cheio e a pedida alta, o Verdão aguarda janela futura ou parte para outro alvo.

Como Gerson se encaixaria no time de Abel

Gerson entrega condução em diagonal, proteção de bola e inversões longas, podendo jogar de segundo volante ou meia pela esquerda — funções que Abel costuma usar para quebrar linhas por dentro e liberar os pontas. Num elenco pós-saídas e remodelado no meio, o brasileiro seria titular de alto impacto se o custo couber no orçamento. (Hoje, ele tem usado pouco espaço na Rússia, inclusive entrando por três minutos na rodada mais recente.).

Contexto de mercado do Verdão

O Palmeiras vem de grandes vendas e elevou investimento e salários em 2025, mas ainda trabalha com teto interno para evitar distorções. A chegada de um contrato na casa dos R$ 3 mi/mês costuma exigir engenharia (luvas diluídas, bônus e participação russa no salário).

Opinião do colunista (Moon BH)

Esportivo, Gerson é upgrade imediato; financeiro, é ponto fora da curva. Se o Zenit topar empréstimo com rateio de salário e um gatilho de compra realista, o Palmeiras tem negócio. Sem isso, vira operação de alto risco orçamentário — e o Verdão aprendeu, nos últimos anos, a não estourar a régua. Em 2026, reforçar bem sem romper o teto vale tanto quanto um grande nome.

Marcos Amaral
Marcos Amaral
Jornalista formado pela Estácio de Sá, cobre futebol por paixão e profissão. Jogador amador, é especialista na cobertura do Flamengo, Palmeiras, Cruzeiro, Atlético, Grêmio e Corinthians. Há mais de anos acompanha de perto o futebol nacional.