A decisão de Leila Pereira de não viajar ao Maracanã para o “jogo do ano” contra o Flamengo é a materialização de um fato: a relação entre os dois clubes mais poderosos do Brasil está totalmente rompida. A cadeira que a presidente do Palmeiras deixará vaga no domingo não é uma ausência protocolar; é um ato político, a consequência direta de uma guerra de narrativas, poder e dinheiro.
A “guerra fria” entre os dois gigantes acabou. A declaração de que “não há clima” para sua presença é o início da guerra quente.
Crie entre os gigantes
O estopim para o rompimento total foi a reação do presidente do Flamengo, Luiz Eduardo Baptista (Bap), ao empréstimo de R$ 80 milhões da Crefisa (empresa de Leila) ao Vasco. Bap classificou o acordo como “imoral” e um claro “conflito de interesses”.
Para o Flamengo, a jogada foi uma forma de atacar a governança da Libra e a credibilidade de sua principal rival política. Para o Palmeiras e o Vasco, foi uma “ilação irresponsável”. O resultado foi o isolamento político do Flamengo e a quebra de qualquer diplomacia restante.
Por que Palmeiras não vai levar Leila Pereira ao Maracanã
Ao decidir não ir ao Maracanã, Leila Pereira faz uma jogada de mestre na guerra de narrativas. A decisão se baseia em duas frentes:

A Questão da Segurança: A justificativa de que o “clima é hostil” e de que ela não se sentiria segura é uma acusação grave. Ela, na prática, responsabiliza a diretoria do Flamengo e suas declarações públicas por criarem um ambiente perigoso, invertendo o ônus da prova.
O Posicionamento Político: É um boicote diplomático. A ausência de Leila sinaliza que, enquanto a postura do Flamengo for de ataque direto, não haverá conversa, nem mesmo a cordialidade de dividir o mesmo camarote.
Mais que um Jogo, uma Guerra de Blocos
Enquanto o Palmeiras tenta, nos bastidores, “baixar a temperatura” focando no campo, a realidade é que o jogo de domingo é a maior expressão dessa briga. A partida vale a liderança do Brasileirão, mas também simboliza a luta entre dois blocos políticos que disputam o futuro do futebol brasileiro.
A ausência de Leila Pereira no Maracanã é o símbolo mais claro de que, hoje, Palmeiras e Flamengo não são apenas rivais esportivos. São inimigos políticos em uma disputa onde não parece haver espaço para tréguas ou diplomacia. A cadeira vazia falará mais alto que qualquer discurso.