A disputa pela criação de uma liga única para o futebol brasileiro ganhou uma protagonista clara: Leila Pereira. A presidente do Palmeiras iniciou uma ofensiva política para se posicionar como a líder de uma nova governança, desafiando abertamente o poder e o protagonismo que o Flamengo historicamente exerce nos bastidores.
Ataque à Diretoria e a Proposta de “Liga sem o Fla”
Nas últimas semanas, Leila Pereira elevou o tom. Ela acusou a diretoria rubro-negra de “terraflamista” e criticou duramente o bloqueio judicial de R$ 77 milhões que, segundo ela, o Flamengo deve a outros clubes da Libra.
A presidente do Palmeiras chegou a ventilar a possibilidade de criar uma liga mesmo sem a participação do clube carioca, uma declaração que acirrou o clima e virou munição política na articulação com outros dirigentes.
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A Disputa por Dinheiro e Poder
No centro da briga está o dinheiro. O Flamengo argumenta que o modelo de divisão de receitas aprovado na Libra o prejudica em cerca de R$ 100 milhões por ano, motivo pelo qual recorreu à Justiça. Leila, por outro lado, defende que “nenhum clube é maior que outro” e que o bloqueio financeiro “asfixia” os rivais com menor poder de investimento. Essa queda de braço definirá quem ditará as regras comerciais da futura liga.

Palmeiras no Xadrez no Futebol Brasileiro
Leila Pereira demonstra ter entendido o momento de fragilidade do modelo atual. Com a audiência pulverizada e o dinheiro dos direitos de TV judicializado, quem apresentar um plano de organização crível, vira líder. A estratégia da presidente do Palmeiras é dupla: ela confronta o Flamengo no discurso, ganhando apoio de clubes insatisfeitos, e ao mesmo tempo oferece uma solução (a liga unificada) para os problemas de caixa que muitos enfrentam.
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Nos bastidores, a percepção é que seu capital político cresceu, impulsionado pelos títulos recentes do clube e por sua voz ativa. Se ela conseguir transformar o movimento “contra o Flamengo” em um movimento “a favor de um novo modelo”, ela se torna a favorita para liderar a nova era do futebol brasileiro. Caso contrário, a disputa de narrativas e poder continuará a ser o grande entrave para a modernização do esporte no país.